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  07:41

Cidade do Piauí é a que mais desmatou no Brasil, diz atlas

O Atlas dos Municípios da Mata Atlântica traz o balanço sobre a situação dos 3.429 municípios abrangidos pela Lei da Mata Atlântica.

 

O Atlas dos municípios da Mata Atlântica lançado nesta quarta-feira (11) pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostra que municípios do Piauí lideram o ranking de desmatamento do bioma entre 2013-2014. Elizeu Martins, a 489 km ao sul de Teresina, aparece em primeiro na lista com 4.287 hectares (ha), seguido de Baianópolis (BA), Brejolândia (BA), Canto do Buriti e Pavussu.

 

De acordo com os dados mais recentes do Atlas, quatro dos 10 municípios que mais desmataram a Mata Atlântica no Brasil no período 2013-2014 ficam em Minas Gerais – Estado que liderou o ranking do desmatamento por 5 anos consecutivos e que agora passa a primeira posição para o Piauí, conforme divulgado em maio pela SOS Mata Atlântica e pelo INPE.No mesmo período, por outro lado, o Piauí abriga os dois municípios com maior conversação de Mata Atlântica no país, Tamboril do Piauí e Guaribas, ambos com 96% de vegetação natural – que inclui, além das florestas nativas, os refúgios, várzeas, campos de altitude, mangues, restingas e dunas.

 

Com base em imagens geradas pelo sensor OLI a bordo do satélite Landsat 8, o Atlas da Mata Atlântica, que monitora o bioma há 29 anos, utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para avaliar os remanescentes florestais acima de 3 hectares (ha). “Foram anos de trabalho para que pudéssemos consolidar uma base temática (mapa) que permite atualizações anuais consistentes. A possibilidade de o cidadão comum poder acompanhar a dinâmica da cobertura florestal do município onde reside é, sem dúvida, a materialização de uma intenção que tivemos no passado”, afirma Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE. 

 

O Atlas dos Municípios da Mata Atlântica traz o balanço sobre a situação dos 3.429 municípios abrangidos pela Lei da Mata Atlântica. 

 

Um dos instrumentos mais eficientes para que os municípios façam a sua parte na proteção da floresta mais ameaçada do Brasil é o Plano Municipal da Mata Atlântica, que reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica. Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, reforça que o plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município.

 

“Os Planos Municipais da Mata Atlântica materializam as leis do bioma Mata Atlântica. Com novas competências de gestão ambiental, o PMMA é importante para desenvolver políticas de meio ambiente localizadas, pois é uma legislação que pactua com a própria comunidade local e a sociedade, diferentemente das demais leis do país”, afirma Mario.

 

Fonte: SOS Mata Atlântica 

Por Otávio Neto

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