O chamado "adicional de habilitação" - mais um penduricalho a militares - inflará em até 73% a bonificação salarial concedida a membros das Forças Armadas e custará R$ 26,54 bilhões em cinco anos.
Segundo reportagem do Estadão nesta quarta-feira 1/VII, o benefício, voltado a militares que fazem cursos ao longo da carreira, será incorporado na folha de pagamento de julho, com impacto de R$ 1,3 bilhão em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus. O jornal se baseia em nota técnica do Ministério da Economia e dados do Ministério da Defesa, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O gasto do reajuste, aprovado com a reforma da Previdência dos militares no ano passado, crescerá ano a ano - em 2024, por exemplo, custará R$ 8,14 bilhões.
Atualmente, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são os do general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e do almirante Bento Albuquerque (Minas e Energia). Em março, último pagamento publicado pelo governo, eles receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da Transparência.
Alecio Rodrigues
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