O governador Wellington Dias enviou carta ao Fórum dos Governadores do Brasil, neste domingo (20), na qual conclama os gestores de todos os estados brasileiros a se organizarem para tratar da construção de um plano nacional para a retomada da economia. O documento também foi direcionado à Confederação Nacional dos Prefeitos e aos prefeitos das capitais de todas as unidades federativas.
Segundo Wellington Dias, a iniciativa tem como objetivo formular uma proposta que será debatida também com o setor privado, Congresso Nacional e, posteriormente, com o governo federal. O governador piauiense destaca que o país, atualmente, não tem um plano que tenha foco na retomada da economia e integre os setores público e privado. Também pontua a extinção do auxílio para que as empreas complementem o salário de seus empregados a fim de evitar demissão, a redução em 50% do auxílio financeiro emergencial e da compensação de fontes importantes para os estados e municípios como FPE, FPM, ICMS e ISS.
O governador do Piauí destacou que, quando estavam plenamente em vigor, estas ações do governo federal evitaram quedas mais acentuadas da economia e do emprego e permitiram manter os serviços pelos Estados e municípios. Para Dias, com a extinção e redução destas ações econômicas necessárias, o Brasil poderá entrar em uma onda de desemprego generalizado, aumento de miséria e pobreza. "Exceto alguns em setores como alimentos, exportação, etc., teremos forte queda na economia e varejo. Isto já a partir de outubro e vai piorando até início do ano", analisa.
"Não estou defendendo que a União sustente estados e municípios para sempre neste patamar, mas devemos ter um plano de medidas anticíclico e permanente que ajude e encoraje o setor privado a manter e ampliar investimentos, atraindo novos negócios", acrescentou. O chefe do executivo piauiense propôs uma reunião com todos os governadores, representantes de prefeitos e do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Consefaz), para fazer uma avaliação técnica e finalizou afirmando que outros países estão realizando iniciativas semelhantes e não há outro caminho para o Brasil sair da crise econômica que vem passando.
Da Redação
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