O desemprego bateu novo recorde em novembro, atingindo 14 milhões de brasileiros, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta (23).
A taxa de desocupação chegou a 14,2%, o maior percentual da série histórica da Pnad Covid, pesquisa do IBGE iniciada em maio para mensurar os efeitos da pandemia no país.
Desde maio, aumentou em 4 milhões o número de brasileiros desempregados, um aumento de aproximadamente 40%.
Embora a taxa registrada em novembro seja recorde, houve estabilidade na comparação com outubro, quando o percentual foi de 14,1%.
Especialistas ouvidos pela Folha já alertavam que o número de desocupados poderia aumentar, na medida que o auxílio emergencial pago pelo governo fosse chegando ao fim e o distanciamento social diminuísse.
A pesquisa aponta também uma queda no número de pessoas em isolamento social rigoroso. Em outubro, o númro alcançou o menor patamar da série histórica (23,5 milhões). Em outubro, eram 26,2 milhões nessa situaçao.
Na primeira edição da pesquisa, de maio, eram 49,2 milhões.
Por outro lado, aumentou a quantidade de brasileiros que não dizem não adotar restrições para conter o avanço da Covid-19. Pela primeira vez, esse contingente ultrapassou a marca dos 10 milhões de pessoas, chegando a 10,2 milhões. Em maio, esse grupo representada 4,1 milhões de pessoas.
Com o relaxamento das medidas restritivas até novembro, a população ocupada também subiu e, pela primeira vez, registrou alta na comparação com maio em números absolutos (de 84,7 milhões em novembro frente 84,4 no início da pandemia).
Com a expansão do número de ocupados e desocupados, a força de trabalho cresceu 4,4% na comparação com maio.
A pesquisa também mostrou que 28,6 milhões de pessoas fizeram algum teste para a Covid-19 até o mês de novembro. Desse montante, 6,5 milhões tiveram resultados positivos para a doença.
Os dados da Pnad Covid não podem ser comparados à Pnad Contínua, por uma diferença de metodologias.
Folhapress
Alecio Rodrigues
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