E chegou o natal! Data em que milhões e milhões de brasileiros se desesperam entre lojas para procurar presentes, decoração para casa, ir ao shopping para que o filho tire uma foto com o Papa Noel, comer muito.. E por aí vai!
O que tudo isso tem em comum? Sabe o que? O dinheiro!
Criança pensa em brinquedos! Trabalhador pensa no 13º Salário! Empresário pensa em lucro! Infelizmente, hoje temos um natal em que tudo se move através do capital.
Não estou aqui criticando a importância do dinheiro para todos nós, mas sim a forma de “culto” que vez por outra prestamos a ele, aflorando-se principalmente no natal. Mas, essa época é apenas para confraternizações e troca de presentes? É possível agradar a dois senhores? Acredito que não!
Falta uma coisa muito importante nas famílias e nas pessoas. Começamos a nos esquecer do essencial, o aniversariante, aquele que foi crucificado. Jesus passa por despercebido em uma manobra capitalista que o transforma em ficção e coloca o “bom velhinho” como realidade. Sou católico, convicto em minha religião, e a cada dia que passa sinto isso.
É possível comemorar um natal lembrando-se do nascimento de Cristo e, ao mesmo tempo, cultuar o dinheiro? No mínimo, estaríamos sendo hipócritas, falsos, vazios de coração e dissimulados. O próprio Papa Francisco disse meses atrás: “Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, (…) mas é tudo falso. O mundo continua em guerra, fazendo guerras, não compreendeu o caminho da paz”.
Biblicamente falando, a passagem de Mateus 6, 24 é bem clara: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro".
O próprio Jesus aponta o caminho em que podemos servir a Deus: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo” (João 15:12). Deus está no próximo, naquele que geme de dor no hospital, na criança que tem fome, no pai que só encontra “consolo” no álcool, na mãe que desesperada pede um prato de comida para seus filhos.
Como cristãos passaremos a vida toda entre esses impasses.. Servir a Deus, buscar a santidade.. Mas, como ficam os ateus? Estariam eles condenados a servir apenas ao dinheiro? É verdade que muita gente não comemora o natal, porém, vê neste período do ano um tempo propício para reconciliações com aqueles que se mostram distantes e para renovação espiritual.
Meu leitor, você pode até não concordar comigo, mas acredito que assim como eu pretende ter um ótimo 2016, com muitas conquistas e objetivos a serem alcançados. Só não se esqueça do essencial! Dê importância as coisas simples, reúna-se com sua família para conversar e das boas gargalhadas!
Repito: Não se esqueça do essencial! Ame o seu próximo, ajude quem precisa e não se deixe ser refém do “natal da hipocrisia”.
Por Helder Felipe
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