O Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convocou integrantes do primeiro escalão do governo para apresentar informações ao vivo, em transmissão pelas redes sociais na noite desta quinta-feira (29), de indícios de fraudes no sistema eleitoral brasileiro. Um grupo de jornalistas credenciados pelo Palácio do Planalto também participou presencialmente do momento.
A live durou mais de 40 minutos, sem apresentar provas concretas de fraude eleitoral, além de ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente ainda afirmou que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”.
No início da trasmissão, Bolsonaro fez acusações contra o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que segundo ele, “mente” quem afirma que a implementação do voto impresso é um retrocesso.
Bolsonaro, que vem utilizando o voto impresso como principal bandeira de seu governo, confessou: "não temos prova" sobre fraudes em eleições anteriores no país.
O chefe do governo afirma somente que existem "indícios fortíssimos" de que as urnas tenham falhado ao longo da história. Tais indícios, porém, se baseiam em materiais "disponíveis na internet".
A apresentação das provas já foi cobrada até pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que Bolsonaro aponta como local onde a suposta fraude ocorreria, quando os votos das urnas eletrônicas são contados.
“É justo quem tirou Lula da cadeia e o tornou elegível ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta no TSE? Quero eleições no ano que vem, vamos disputar eleições no Brasil no ano que vem, mas eleições limpas”, disparou.
O presidente ainda rebateu a determinação para que apresente provas de fraude: “Os que me acusam de não apresentar provas eu devolvo a acusação, apresente prova de que não é fraudável”, destacou.
Em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro prometeu revelar, em sua live semanal, supostas "provas de fraude" na contagem de votos do segundo turno da eleição presidencial de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita, vencendo Aécio Neves (PSDB).
Hoje mais cedo, Barroso, afirmou que jamais foi documentado um episódio de fraude nas eleições realizadas com as urnas eletrônicas e que o discurso de Bolsonaro, no qual diz que se ele perder houve fraude, é a fala de quem "não aceita a democracia".
Bianca Viana
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