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  09:19

Paciente denuncia maus tratos e falta de medicamentos no CAPS de Campo Maior (PI)

 

Uma paciente que é atendida pelo Centro de Apoio Psicossocial de Campo Maior (CAPS) procurou a redação do Portal Campo Maior em Foco para denunciar a falta de medicamentos e que funcionários estariam maltratando quem recorre àquela unidade de saúde. Ela pediu anonimato para evitar perseguições.

“Eu digo por que faço tratamento lá há muitos anos. O medicamento não está sendo distribuído para a população. Tem uma servidora que é da farmácia dois dias na semana. É um medicamento psicoterápico e a pessoa não pode ficar sem ele. Lá somos tratados como cachorro. No Estado a gente vai é tudo organizado, mas lá não é”.

Segundo ela, falta até receita para os médicos darem aos pacientes comprarem nas farmácias da rede privada.
 
“Tem gente que compra em contrabando, porque não podem ficar sem o medicamento. Cadê o dinheiro da saúde?”, disse ela acrescentando que há muitas crianças surtando.

Segundo a paciente, só duas psicólogas realizam atendimentos, mas “apenas uma de nome Carla Pereira cumpre com a carga horária corretamente”, narrou.

Ela denunciou que os funcionários ficam só no WhatsApp e fingem que não estão vendo os pacientes quando a gente chega. 

“Os pacientes já têm problemas psicológicos e ainda ficam sendo maltratados só piora a situação”, pontuou.

O OUTRO LADO

Procurada pela nossa reportagem, a Coordenadora do CAPS Luciana Miranda nos relatou a seguinte situação:

“Sobre a falta de medicação, é realizado reposição de medicação 2 vezes ao mês, a farmacêutica está sempre repondo as medicações. Agora temos que ver qual a medicação que o usuário falou que não teria no CAPS , pois tem medicações que não está na lista de medicação municipal. Tem medicações psiquiátricas que não é fornecido pelo município e sim pelo estado. É esclarecido isso a eles , mas muitos não entendem, e algumas medicações que é de competência do estado , estão faltando”, justifica a Coordenadora.

Ainda em entrevista, a Coordenadora explicou que após a pandemia a demanda de pacientes aumentou e que o CAPS atualmente conta com 22 profissionais.

O funcionamento do CAPS é de segunda a sexta das 07:30 às 17 horas, não fechamos para almoço. Não temos recesso no final de ano, exatamente para não deixar nossos usuários sem atendimento ,não temos feriado. Temos em torno de 22 profissionais, sendo que todos que procuram ao CAPS tem atendimento. Temos uma procura grande, o serviço de saúde em geral, após pandemia super lotou os nossos serviços , por esse motivo a secretaria de saúde contratou mais outro psiquiatra”, complementou a profissional.

Em busca de esclarecer a declaração da Coordenadora do CAPS, em que ela afirma que “a algumas medicações que é de competência do estado, estão faltando”, conversamos com o Edvaldo Lima, Coordenador da Regional de Saúde do Estado.

Em entrevista ele afirmou que a Regional não realiza distribuição de medicamentos, e que essa responsabilidade é inteiramente do município. Ele frisou ainda que, recebem denuncia sobre a falta de medicamentos por não cumprirem com responsabilidade o atendimento de serviço básico.

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