
O vereador Wellington Sena (REPUBLICANOS) voltou atrás e retirou o dispositivo que pretendia acabar com a atividade desenvolvida por carroceiros que utilizam a tração animal em Campo Maior. A medida estava prevista na apresentação inicial do projeto que trata do bem-estar animal, o tema é de suma importância para a cidade, tendo em vista a quantidade absurda de denúncias relativas aos maus tratos e descasos do poder público municipal com a causa.
O projeto foi aprovado na sessão desta terça-feira (15/04) depois de uma longa discussão que veio à tona após análise criteriosa realizada pela redação do Portal Campo Maior em Foco que se debruçou sobre o projeto para entender sua dinâmica e impacto social.
RELEMBRE: Vereador Wellington Sena defende o fim das carroças puxadas por animais em Campo Maior (PI)
O autor do projeto, que havia negado suas intenções de acabar com os carroceiros, repensou a matéria e decidiu retirar o item que tratava do assunto polêmico. Segundo ele, a ideia era criar “políticas públicas para combater a exploração de animais de tração, e não uma lei”. Ainda conforme sua compreensão, a política pública não tem poder proibitivo. No entanto, mesmo alegando que a ideia não era essa, resolveu retirar o tema da mesa de discussão e só assim o projeto foi aprovado na Câmara Municipal.
O vereador Devam Eugênio parabenizou Wellington Sena pela sensibilidade de ter voltado atrás e não prejudicar a vida dos carroceiros que precisam dessa profissão para sobreviverem. “Conversamos sobre melhorar o texto e foi excluído o inciso que deixava dúvidas se o carroceiro poderia continuar trabalhando”, destacou o parlamentar ressaltando a principal dúvida, caso a profissão fosse proibida na cidade: “Quem iria alimentar o carroceiro? Quem iria cuidar do animal?”, indagou o vereador.
O bloco de oposição, formado por cinco parlamentares, já havia decidido votar contra o projeto caso o dispositivo que pretendia combater o trabalho dos carroceiros não fosse retirado do texto.
O inciso XIII foi retirado do Projeto e só assim foi aprovado pelos vereadores.
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