Em atuação desde 16 de outubro de 2023 no Rio de Janeiro, a Força Nacional de Segurança já custou R$ 9,7 milhões aos cofres públicos e apreendeu cerca de 156 gramas de substâncias que seriam entorpecentes. Os dados foram obtidos pelo blog do Octavio Guedes junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública através da Lei de Acesso à Informação.
Nos números apresentados pelo MJSP, entre 9 de outubro -- data do início da operação -- e 9 de fevereiro -- data que foi finalizado o levantamento --, foram 41.698 mil abordagens efetuadas pelas equipes da Força Nacional, que resultaram nas prisões de 12 pessoas e na apreensão de duas motos, dois carros, 1 celular e 1 arma falsa usada numa tentativa de roubo, além de 1 atendimento de ocorrência de furto e 6 atendimentos de ocorrência de roubo.
O número mais expressivo da operação é a apreensão de 10 mil maços de cigarro. Numa conta simples, baseado no custo total da operação, seria como se cada maço de cigarro custasse R$ 1 mil.
Ao longo de quase 4 meses de operação no RJ, a Força Nacional de Segurança abordou 802 caminhões. Uma média de aproximadamente 9 caminhões abordados por dia, número bem inferior a quantidade de veículos do tipo que passam pelas principais rodovias do Rio de Janeiro. A Força Nacional atua nas rodovias federais que ligam a região metropolitana a outros estados, como a Washington Luiz e a Presidente Dutra.
Ainda de acordo com os dados do MJSP, entre outubro e janeiro, dos R$ 9,7 milhões gastos na atuação da Força Nacional, R$ 9 milhões foram apenas para o pagamento de diárias dos 300 agentes envolvidos na operação. Em novembro de 2023, dois agentes foram assaltados e tiveram as armas roubadas após entrarem por engano no Complexo do Chapadão, em Guadalupe, na Zona Norte da cidade. No mesmo dia, outro agente foi morto após ser baleado ao sair no portão após ouvir tiros na rua onde morava com outros agentes, na Vila Valqueire, Zona Oeste.
Cerca de 300 agentes da Força Nacional atuam no Rio de Janeiro desde outubro de 2023, quando o governador Cláudio Castro pediu apoio ao então ministro da Justiça Flávio Dino diante da escalada de violência no estado. Na época, uma disputa de facções impôs um toque de recolher aos moradores da comunidade Az de Ouro, em Anchieta, na Zona Norte. Um pacote de ajuda ao estado foi anunciado na época pelo ministério.
Neste pacote, além dos 300 agentes, foram anunciados o envio de 50 viaturas ao estado. Elas concentram o restante dos gastos com a ação: R$ 106 mil destinados a manutenção e R$ 587 mil para combustível.
Em 16 de fevereiro, 4 meses após o anúncio da ajuda de Dino, um novo confronto entre facções rivais assustou moradores do Rio. Traficantes do Complexo do Chapadão tentou invadir o Complexo da Pedreira, ambas em Costa Barros.
Apesar da Força Nacional não atuar no patrulhamento de comunidades, o governador Cláudio Castro pediu, em janeiro, a prorrogação da corporação até o fim deste mês.
Fonte: G1
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