A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid pelos crimes de associação criminosa e falsificação de dados em sistemas de informação oficiais. O indiciamento se refere ao suposto esquema de inserção de informações falsas em carteiras de vacinação contra a covid-19.
De acordo com a PF, carteiras de vacinação de parentes do ex-presidente teriam sido fraudadas para a inserção de doses de covid-19, como a de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos. A inclusão teria sido feita entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde.
“A apuração indica que o objetivo do grupo [o de não se vacinar] seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”, informou a PF.
O crime de associação criminosa prevê pena de um a três anos de prisão. Já o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de dois a 12 anos. Agora, cabe ao Ministério Público Federal (MPF) decidir se arquiva ou envia a denúncia para a Justiça.
Além de Bolsonaro e Mauro Cid, outras 15 pessoas foram indiciadas pelos mesmos crimes:
Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
Eduardo Crespo Alves, militar;
Paulo Sérgio da Costa Ferreira
Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
Marcelo Fernandes Holanda;
Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
Fonte: Brasil De Fato
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