Morreu, na noite desse sábado (11/5), a deputada federal Amália Barros, do PL do Mato Grosso. O comunicado foi feito por Jair Bolsonaro em WhatsApp enviado a aliados na madrugada de domingo.
“Com muita dor, informo o passamento da nossa amiga e irmã deputada Amália Barros, de Mato Grosso. Deus, em sua infinita bondade, a receba e conforte seus familiares e amigos”, escreveu o ex-presidente. A parlamentar era muito próxima de Michelle Bolsonaro e ocupava a vice-presidência do PL Mulher.
Amália Barros foi internada em estado grave na UTI do hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Na quinta-feira (9/5), a deputada passou por um novo procedimento cirúrgico de “radiointervenção”, que é basicamente uma operação minimamente invasiva com o auxílio de imagem, agulhas e cateteres.
O último boletim médico divulgado na sexta-feira (10/5) já informava que a parlamentar seguia sem previsão de alta.
Amália Barros estava internada desde 1º de maio, quando foi ao hospital fazer a retirada de um nódulo no pâncreas. No dia 2, a deputada fez o procedimento de drenagem das vias biliares, para retirar o líquido biliar em excesso do fígado. A transferência de Amália para a UTI se deu depois de uma “reabordagem cirúrgica”.
Eleita com o apoio de Michelle para seu primeiro mandato em 2022, a deputada era muito próxima da família Bolsonaro. Na maioria das vezes em que o ex-presidente ia para o Mato Grosso, ele costumava passar alguns dias no rancho de propriedade de Amália. Ela era casada com o empresário e influenciador Thiago Boava.
Lei Amália Barros
Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos, após uma infecção por toxoplasmose. Ela se submeteu a 15 cirurgias, mas em 2016 precisou remover o olho e passou a usar um globo ocular.
Em 2019, foi protocolado no Congresso Nacional um projeto de lei intitulado “Lei Amália Barros”. O PL conferia a portadores de visão monocular os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência.
Aprovado na Câmara e no Senado, o texto foi sancionado pelo então presidente Bolsonaro em março de 2021 e alterou o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Amália Barros lutou pelo projeto e, em 2022, elegeu-se deputada federal com 70 mil votos, tendo o apoio de Michelle Bolsonaro. No parlamento, ela destinava especial atenção às pautas de inclusão.
Fonte: Metrópoles
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