Pesquisadores e astrônomos amadores da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON) calculam que o meteoro que clareou o céu em várias regiões do Nordeste brasileiro caiu no território do Piauí. O fenômeno aconteceu na madrugada do último sábado (13).
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Em vídeo divulgado nessa segunda-feira (15), o astrônomo Marcelo Zurita, diretor da BRAMON, explicou que a rocha espacial se trata de um bólido, meteoro luminoso gerado pela passagem atmosférica de uma rocha espacial em altíssima velocidade.
Segundo o pesquisador, o meteoro atingiu a atmosfera da terra em um ângulo de 51 graus em relação ao solo e começou a brilhar a cerca 73 km de altitude. Seguindo a 51 mil km por hora, o bólido percorreu 55 km quilômetros em pouco menos de quatro segundos, e desapareceu a cerca de 30 km de altitude ao sul de Padre Marcos, no Piauí.
Devido à pressão atmosférica, a rocha espacial se desintegrou e, conforme os cálculos, os fragmentos devem ter caído nas imediações dos municípios de Padre Marcos, Jaicós, Campo Grande do Piauí, Alegrete do Piauí e Marcolândia, cerca de 370 km de distância de Teresina e nas proximidades da divisa do Piauí com Pernambuco.
“Graças à nossa atmosfera, mesmo objetos um pouco maiores como esse não oferecem grandes riscos para a população em solo. Ela [atmosfera] ela trata de vaporizar grande parte do material, além de fragmentar o pedaço que resistir. Os fragmentos que resistem e chegam ao solo são chamados de meteoritos e têm grande valor para a ciência, para museus e colecionadores. Neste caso, estimamos que exista uma grande quantidade de meteoritos em solo naquela do Piauí”, explicou o astrônomo.
Os astrônomos estimam que o meteoro, antes de se fragmentar, teria uma dimensão entre 2 e 3 metros.
Pesquisadores planejam ir ao local
De acordo com o CEO da Graviton Scientific Society, Edwar Montenegro, alguns membros do grupo de astrônomos estão avaliando a possibilidade de irem ao local para procurarem os vestígios no solo.
O fenômeno é considerado raro, e as pedras oriundas da queda de meteoritos têm grande valor científico para pesquisas espaciais.
Com informações do GP1 e CidadeVerde
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