O nome do cantor Gusttavo Lima foi incluído no sistema de alerta da Polícia Federal na noite da última segunda-feira após determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que ordenou a prisão do artista. A inclusão ocorre no âmbito da investigação da Polícia Civil que apura a existência de uma organização criminosa que atua com jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
O nome de batismo dele é Nivaldo Batista Lima. Gusttavo Lima viajou para Miami, nos Estados Unidos, pouco antes da ordem de prisão. Com o seu nome no sistema da PF, ele pode ser preso ao retornar ao solo brasileiro.
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A decisão da Justiça informa que uma das empresas do cantor recebeu R$ 5,9 milhões de duas firmas investigadas no inquérito. As informações constam em um relatório de inteligência financeira (RIF), do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que registra movimentações financeiras atípicas.
Conforme o relatório, a empresa GSA Empreendimentos e Participações, que tem Gusttavo Lima como único sócio, recebeu R$ 18,7 milhões de crédito no ano passado, dos quais R$ 5,9 milhões são de firmas investigadas e cujos sócios já foram indiciados pela polícia. Do valor, R$ 1,3 milhão foi transferido pela GSA para o cantor, cujo nome é Nivaldo Batista Lima.
Na decisão que determinou a prisão do artista, a juíza ressalta que um caso idêntico foi constatado em um relatório envolvendo a advogada e influenciadora Deolane Bezerra Santos, que foi presa no âmbito desta mesma investigação.
Segundo a juíza, o sertanejo não atendeu às convocações feitas pela Polícia Civil de Pernambuco durante as investigações. Além disso, ele pode ter ajudado um casal de investigados que teve a prisão decretada a fugir da Justiça, durante a viagem que fez à Grécia para celebrar o seu aniversário.
José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina, sócios da empresa Vai de Bet, viajaram para o país europeu no avião do sertanejo. A viagem de volta incluiu uma parada nas Ilhas Canárias, na Espanha, que não houve na ida, o que é um indício da possibilidade de que os dois tenham se mantido fora do Brasil.
Gusttavo adquiriu em julho uma participação de 25% da casa de apostas Vai de Bet, de acordo com a ordem de prisão. Ao “Fantástico”, no início do mês, o sertanejo afirmou apenas manter “contrato de uso da imagem” com a bet.
A decisão da juíza atendeu a um pedido da Polícia Civil mas contrariou o parecer do Ministério Público de Pernambuco. Para os promotores, bastavam medidas cautelares para o cantor e todos os outros que já foram presos na Operação Integration.
Fonte: O Globo
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