A Prefeitura de Campo Maior recebeu apenas no mês de janeiro R$ 20.288.226,42 (Vinte milhões, duzentos e oitenta e oito mil, duzentos e vinte e seis reais e quarenta e dois centavos) em repasses constitucionais, incluindo verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), do Fundo Municipal de Saúde (FUS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Apesar desse volume considerável de recursos, servidores municipais denunciam atrasos salariais.

Professores do apoio pedagógico e vigias da Secretaria de Educaçao relatam que ainda não receberam seus vencimentos, e servidores da Secretaria de Serviço Social afirmam que nem sequer receberam o salário referente ao mês de dezembro. A situação tem gerado revolta entre os trabalhadores, que dependem desses valores para arcar com suas despesas básicas.

Enquanto os servidores enfrentam dificuldades financeiras, a Prefeitura de Campo Maior decidiu investir R$ 250 mil na contratação da banda baiana Oh Polêmico, conhecida por suas músicas de duplo sentido e conotação sexual. O valor da contratação chamou atenção e gerou questionamentos sobre as prioridades da gestão municipal.

A decisão da prefeitura contrasta com a realidade dos funcionários públicos que, sem salários, precisam recorrer a empréstimos e a ajuda de familiares para se manterem. Além disso, a situação levanta um debate sobre a destinação dos recursos públicos em um momento em que serviços essenciais, como a educação e a assistência social, sofrem com a falta de pagamento dos servidores.

Diante desse cenário, a população se pergunta: onde está o dinheiro da prefeitura? Por que a prioridade da gestão é um show caro enquanto servidores passam dificuldades? São questões que exigem respostas urgentes.

Com a palavra o Ministério Público!