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Havana finaliza preparativos para visita do papa Francisco

O asfalto está sendo recapeado e os edifícios mais deteriorados estão sendo reformados, principalmente no centro histórico onde acontecerão vários atos e o ponto alto da jornada será a missa na Praça da Revolução, com uma expectativa de público de 40 mil pessoas.

 

A menos de 15 dias da chegada do papa Francisco, Havana está concentrada nos últimos preparativos para receber o pontífice: instalação do altar para a grande missa na Praça da Revolução, limpeza das ruas e restauração da fachada das igrejas por onde o pontífice passará.

 

O asfalto está sendo recapeado e os edifícios mais deteriorados estão sendo reformados, principalmente no centro histórico onde acontecerão vários atos e o ponto alto da jornada será a missa na Praça da Revolução, com uma expectativa de público de 40 mil pessoas.

 

Cenário também das missas dos papas João Paulo II, em 1998, e Bento XVI, em 2012, a praça agora abriga uma equipe de 50 operários que trabalham sem parar em jornadas de até 12 horas.

 

"A estrutura já está pronta. Só faltam os elementos ornamentais do altar, os tapetes e algumas decorações. Agora estamos instalando os sistemas de som e imagem", afirmou o arquiteto e supervisor das obras, Luis Manuel Pérez, que também trabalhou na última vista de Bento XVI.

 

Moradores e turistas que visitam a emblemática praça para fazer fotos dos monumentos dedicados a Che Guevara e José Martí agora aproveitam também para registrar os preparativos da visita papal.

 

Lá, além do altar pintado de branco e amarelo, as cores do Vaticano, estão sendo instaladas duas tribunas para a imprensa, com capacidade para 400 jornalistas, e outra na qual ficará o coro e a orquestra.

 

No outro extremo da cidade, na Havana Velha, também há preparativos para a chegada de Francisco. Na Catedral - fechada ao público nestes dias e encoberta com um enorme andaime - o vaivém de trabalhadores marca a rotina local.

 

Há dez dias, 30 operários se ocupam de pintar cercas, limpar fachadas e ajeitar parques e jardins do bairro e esperam que tudo esteja pronto em uma semana, já que aumentaram a jornada de trabalho até 19h "para cumprir os prazos", contou à Efe o chefe dos trabalhadores, Lázaro Jesús Arenas.

 

Na parte de trás da Catedral fica o Centro Cultural Padre Félix Varela, edifício que também é objeto de exaustivas reformas, já que o papa terá ali um encontro com os jovens.

 

Na frente dessa antiga construção está sendo instalada uma plataforma para Francisco falar para, aproximadamente, seis mil jovens católicos. Esperançosos, os moradores do bairro observam as obras, já que representam melhorias para os cubanos.

 

"A visita do pontífice irá trazer prosperidade, união, paz e felicidade", disse o morador José Miguel Martínez.

 

Já para a motorista e "católica convicta" Yanelis Hernán, a visita de um terceiro papa a Cuba é uma bênção para todos os cubanos. "A renovação de prédios e casas é algo muito bom para todos nós", opinou.

 

Opinião parecida tem Bartolomé Herrera, que destacou que o povo cubano é tradicionalmente muito religioso. "É um orgulho poder receber Francisco. É um papa latino-americano e isso é muito especial", comentou.

 

No bairro de Centro Havana fica a Igreja do Sagrado Coração, da ordem dos jesuítas - a mesma à qual pertence o pontífice -, submetida também a trabalhos de melhoria: limpeza de fachada e vitrais e a instalação de um cartaz na entrada que diz "Bem-vindo Francisco".

 

"A agenda do papa não inclui nos visitar, mas adoraríamos que ele viesse, então estamos prontos caso ele decida passar aqui de última hora", contou uma das trabalhadoras da igreja, que nutre expectativas, já que o percurso do papa-móvel passa pela porta dessa igreja.

 

Francisco chegará a Cuba no dia 19 de setembro e começará sua visita por Havana. De lá, irá a cidade de Holguín no dia 21 e no dia seguinte partirá rumo a Santiago de Cuba.

 

Ainda no dia 22, irá aos Estados Unidos, a segunda parte de uma viagem pelos dois países que, após 54 anos de inimizade, restabeleceram relações diplomáticas com a mediação de Francisco.

 

Fonte: UOL

Por Helder Felipe

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