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  10:07

Marina Silva quer apoio Joaquim Barbosa e Ayres Britto em 2018

A Rede também tenta atrair o apoio do PSB, partido pelo qual Marina disputou as eleições de 2014

 

Com foco nas eleições de 2018, a ex-ministra Marina Silva tenta atrair para seu partido, a Rede, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao Estado, Marina confirmou que tem conversado com Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto. Disse, porém, que as conversas são apenas sobre o cenário político brasileiro, embora seus aliados admitam o interesse da sigla em atrair figuras de peso do Judiciário.

 

A Rede também tenta atrair o apoio do PSB, partido pelo qual Marina disputou as eleições de 2014, após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, com quem ela integrava a chapa como candidata a vice-presidente. As conversas nesse sentido estão sendo feitas com a ala do PSB de Pernambuco, que defende a independência do partido do governo Michel Temer.

 

“Quando conversei com o ministro Joaquim Barbosa, falei sobre questões que estão acontecendo hoje no Brasil, referentes a este momento político. Nunca falei com ele sobre questões partidárias”, disse a ex-ministra. Sobre Ayres Britto, afirmou: “Conversamos sobre questões jurídicas. Ele me ensina que, para essa crise, a Constituição é o mapa”.

 

Marina fez questão de ressaltar, no entanto, que os dois ex-ministros do Supremo têm legitimidade e são bem-vindos na política. “A Rede tem respeito por essas figuras. E elas têm toda a legitimidade para, se de modo próprio desejarem, participar. Com certeza devem ser bem-vindas no espaço da política”, afirmou. De acordo com ela, o partido que eventualmente filiasse Ayres Britto seria um “agraciado”.

 

O ex-ministro confirmou as conversas com Marina, de quem se diz “amigo de muitos anos”. “Vez por outra a gente se junta para tomar um cafezinho e pensar grande o Brasil. Mas sem a mediação partidária”, afirmou. Ele nega interesse em disputar eleições. “Minha trajetória de vida no plano da ocupação ortodoxa de cargo público já está de bom tamanho.” A reportagem não conseguiu contato com Joaquim Barbosa.

 

Fonte: Estadão 

Por Otávio Neto

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