Trânsito do Piauí é o mais perigoso da região nordeste, diz levantamento
O sexo masculino se constitui o grupo de maior risco: 80% do total de internações são homens
A taxa de mortalidade por acidentes de transporte terrestres do Piauí é a maior do Nordeste. O dado foi revelado no boletim da Morbidade por Acidentes de Transporte Terrestre do Estado, divulgado nesta terça-feira (30) pela Secretaria Estadual de Saúde. Em 2015, a média de morte por acidentes era de 35,1 a cada 100 mil habitantes, superando até a média nacional que é 18,9. E este número já foi ainda maior. Em 2014 a média mostrava que 37,7 a cada 100 mil habitantes morria no Piauí por acidentes terrestres.
As causas externas, incluindo as vítimas de acidentes de trânsito, estão em segunda posição quanto às internações hospitalares, numa evolução crescente de 2010 a 2016. De 23.751 pessoas internadas em 2016, 7.096 foram vítimas de acidentes de trânsito, o que representa 30% daquele universo, implicando em custos significativos para o tratamento de pessoas acidentadas.
Somente em gastos com a saúde pública, o estado do Piauí destinou, ano passado, cerca de R$ 7 milhões (R$7.195.699,00) para despesas de pacientes vítimas de acidentes de trânsito internados em hospitais, demonstrando assim a magnitude deste importante problema de saúde pública.
O sexo masculino se constitui o grupo de maior risco: 80% do total de internações são homens. Na faixa etária dos 20 aos 29 anos, os homens representam 94, 4% das vítimas. No Brasil esse índice é de 46,1%.
Os acidentes terrestres estão agregados no grupo denominado “Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas”. Este grupo de causas vem crescendo progressivamente ano pós ano, evoluindo de quinto grupo com maior quantidade de internações no ano de 2010 para ocupar o segundo lugar no ranking de grupos com maiores casos de internação no ano de 2016.
O levantamento aponta o problema dos acidentes de trânsito como um dos maiores desafios para os gestores públicos. Estes representam vidas perdidas ou sequelas que interferem na qualidade de vida, em especial na população jovem e em idade produtiva. A apresentação do relatório ocorreu durante mobilização alusiva ao movimento Maio Amarelo, de prevenção a acidentes de trânsito.
Fonte: Cidade Verde
Por Otávio Neto
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