Facebook
  RSS
  Whatsapp

  14:10

Temer viaja à Rússia e Noruega em mensagem de tranquilidade ao mundo

O presidente decidiu manter a viagem mesmo após a entrevista do empresário Joesley Batista na qual ele acusa Temer de ser chefe de uma organização criminosa

 

Na tentativa de passar uma mensagem de normalidade em meio ao acirramento da crise política, o presidente Michel Temer embarca nesta segunda-feira (19) para a Europa, onde terá uma agenda de quatro dias na Rússia e na Noruega em busca de mais comércio, investimentos e cooperação. Enquanto na primeira parada a agenda será eminentemente econômica, na segunda ele deverá ouvir críticas a medidas aprovadas pelo Congresso Nacional que reduzem as áreas de preservação ambiental.

 

O presidente decidiu manter a viagem mesmo após a entrevista do empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo J&F, à revista Época na qual ele acusa Temer de ser chefe de uma organização criminosa envolvendo peemedebistas na Câmara dos Deputados. O Palácio do Planalto divulgou nota no sábado para rebater o empresário e informou que vai processá-lo.

 

Temer levará a Moscou, como sinal das intenções do Brasil de aprofundar suas relações com a Rússia, a notícia de que colocará em funcionamento um acordo para proteger da dupla tributação empresas que atuam nos dois países. "Esse acordo foi assinado em 2004, mas só passou no Congresso em maio deste ano", disse o gerente-executivo de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo.

 

"Falta um decreto do governo brasileiro."Temer vai, também, "vender" projetos de concessão em infraestrutura. Os russos já indicaram interesse em operar a Ferrovia Norte-sul, que deve ir a leilão em fevereiro de 2018. Também serão oferecidas oportunidades em óleo e gás, como as áreas de exploração de petróleo a serem leiloadas em setembro.

 

Tal como Temer, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é suspeito de corrupção. Na semana passada, houve protestos contra o governo em cerca de 200 cidades russas, liderados pelo oposicionista Alexei Navalni, que acusa o primeiro ministro, Dmitry Medvedev, de comandar um império imobiliário financiado por oligarcas. Putin e Navalni são candidatos às eleições presidenciais no ano que vem.

 

Fonte: Estadão 

Por Otávio Neto

Mais de Política