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Parlamentar boicotará discurso do Papa sobre aquecimento global

O republicano Paul Gosar escreveu um artigo opinativo em que argumenta que o pontífice disseminará "temas de diálogo socialistas" ao falar no Capitólio sobre o clima.

 

Um parlamentar norte-americano disse que vai boicotar o discurso histórico do papa Francisco em frente ao Congresso na semana que vem porque o líder católico vai falar sobre o aquecimento global ao invés de abordar temas como o "Islã violento".

 

O republicano Paul Gosar escreveu um artigo opinativo em que argumenta que o pontífice disseminará "temas de diálogo socialistas" ao falar no Capitólio sobre o clima - que o legislador diz estar mudando desde a criação bíblica do mundo e não necessariamente pela atividade humana.

 

"Se o papa fosse seguir a teologia cristã padrão, eu seria o primeiro da fila", escreveu Gosar, católico, no site católico Town Hall.

 

"Se o papa fosse falar com autoridade moral contra o Islã violento, eu estaria lá para parabenizá-lo. Se ele pedisse às nações ocidentais o resgate dos cristãos perseguidos no oriente médio, eu o apoiaria com todo meu coração", acrescentou. "Mas quando o papa escolhe atuar e falar como um político de esquerda, deve ser tratado como um deles".

 

Os Estados Unidos se preparam para receber o papa Francisco em Washington no próximo dia 22 - depois ele seguirá para Nova York e Filadélfia. O chefe da Igreja Católica, de 78 anos, reacendeu o debate nos Estados Unidos, particularmente entre os conservadores que manifestaram preocupação sobre a intromissão do papa nos assuntos políticos.

 

O pontífice atacou os que adoram o "Deus do dinheiro", pediu uma revolução ecológica e criticou um sistema econômico global injusto que exclui os mais pobres.

 

Gosar disse que seria "ridículo" para o papa promover uma ciência questionável sobre o aquecimento global como um dogma católico e acrescentou que se o papa queria dedicar sua vida a lutar contra o aquecimento global, "pode fazer isso no seu tempo livre".

 

"Tenho tanto uma obrigação moral como uma responsabilidade por minha liderança de desafiar os líderes, independentemente de seu título, que ignoram a perseguição cristã e não conseguem aproveitar as oportunidades de advogar pela liberdade religiosa e a santidade da vida humana", afirmou Gosar.

 

Fonte: G1

Por Helder Felipe

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