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Vítima investiga assalto por conta própria por falta de combustível em delegacia do Piauí

 Fonte: G1

O Sindicato dos Policias Civis do Piauí (Sinpolpi) informou que todas as delegacias de Teresina estão, de alguma forma, sendo afetadas pela falta de abastecimento dos carros da Polícia Civil. Nessa terça-feira (23), uma vítima de assalto disse que precisou iniciar a investigação por conta própria, já que os policiais não tinham como sair do distrito. A matéria foi destaque no Jornal Nacionald a TV Globo desssa segundapfeira.

Uma vítima de assalto, que preferiu não se identificar, informou que está fazendo a investigação do crime por conta própria devido à falta de combustível na Polinter. O delegado titular, Luciano Alcântara, confirmou o desabastecimento. No dia 11 deste mês, o mesmo problema aconteceu no IML de Teresina, que demorou 12 horas para recolher um corpo.

De acordo com a vítima, ele mesmo está buscando câmeras de segurança, a pedido dos policiais. Sua casa foi invadida durante a madrugada, quando os bandidos arrombaram o portão externo e depois quebraram a porta de vidro que dá acesso à sala.

“Lá eles acharam dois notebooks, caixas de som e as chaves do carro e da moto e levaram tudo. Como meu quarto fica no fundo da casa, eu não escutei nada.Quando a gente chegou, eles disseram que não teriam como fazer a investigação porque os carros estão sem combustível. A gente queria oferecer nosso carro ou dinheiro, mas eles alegaram que não podiam aceitar”, contou uma vítima”, disse.

Na Polinter, no 13º DP, 3º, 10º e no 24º DP, agentes e delegados também confirmaram o desabastecimento. O Sinpolpi afirma que todos os DPs estão de alguma forma sofrendo com o problema.

“Não podemos tirar do nosso bolso para fazer diligências, por ineficiência do estado”, diz um policial.

Prejuízos
O delegado Luciano Alcântara lamentou a situação e confirmou o problema. “Há algum tempo vem tendo esse desabastecimento, mas parar totalmente aconteceu ontem [22] à tarde. Estamos com todas as equipes paradas na delegacia porque não temos como ir”, informou.

Segundo ele, pelo menos três flagrantes deixaram de ser atendidos por conta do problema esta semana. Luciano explicou que a Polícia Militar está dando apoio, mas que algumas investigações ficam prejudicadas.

“A Polícia Civil atende depois que o crime aconteceu, mas não tem como negar que há prejuízos, podemos perder alguma prova. Levantamentos, oitivas, intimações e outros procedimentos nós não estamos fazendo”, relatou.

As Secretarias de Segurança e de Administração lamentam que a burocracia tenha atrapalhado o abastecimento regular na Polícia Civil. Semana passada aconteceram problemas pontuais, mas rapidamente solucionados apesar de algum contratempo.

Em nota, as secretarias informaram que no último dia 7 de outubro foi publicado no Diário Oficial o aditivo do contrato. Agora, o trâmite burocrático foi superado e ainda hoje o sistema de abastecimento estará regularizado para a Polícia Civil.

Da Redação

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