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  09:34

Regina Sousa diz que cubanos foram expulsos e que prefeitos devem cobrar solução

 Fonte: Cidade Verde / Foto: Francisco Leal

No dia em que deu posse aos 40 novos médicos do Estado, a governadora em exercício, Regina Sousa (PT), lembrou que as prefeituras de todo o país com carência desses profissionais de saúde precisam cobrar do governo federal uma solução sobre o Programa Mais Médicos. Segundo Regina, os profissionais cubanos foram praticamente expulsos do país após declarações do então presidente eleito, Jair Bolsonaro, após as eleições 2018. O Piauí, por exemplo, possui 24 vagas em aberto para atividades em 15 municípios.

"O Mais Médicos é uma relação mais com as prefeituras. É governo federal e prefeituras. As prefeituras devem cobrar do governo federal pessoas para substituir os médicos que saíram. O programa é por seleção. 18 mil pessoas se apresentaram, foram selecionadas, mas não querem ir para qualquer município. Geralmente é muito longe de onde ele tem outro emprego. Já é bem a quarta chamada e não conseguem preencher", disse durante entrevista à TV Cidade Verde.

A governadora destacou que os cubanos vieram ao Brasil prestar um serviço e que não deveriam ter sido retirados sem um apoio por trás para suprir a demanda. "O cubano veio para cá para ser médico de comunidade, por isso eles eram proibidos de terem outro emprego. Acho que foi precipitada a forma como eles foram tirados. Primeiro teria que preparar as equipes do Piauí, treinar, dizer para onde iam e não praticamente expulsar. Eles praticamente foram expulsos, já que disseram que iam chutá-los daqui. Por isso o governo cubano resolveu levar seus médicos de volta, antes que fossem chutados", declarou.

Enquanto o governo não resolve o problema, a governadora ressalta que as cidades estão se virando como podem para atender a população desassistida. "É o governo federal que precisa tomar uma providência. Enquanto isso, os prefeitos vão se virando, tentando achar um jeito ou outro, como os médicos do saúde da família. O Mais Médicos é aquele programa que evita a doença. O forte é a prevenção, atenção básica. Está perto da população. Esse é o papel do Mais Médicos, que está fazendo falta", afirmou.

Posse

Os médicos concursados empossados hoje começam a atuar na segunda-feira (21) nas especialidades anestesiologia, neonatologia, cirurgia pediátrica, neurocirurgia, neurofisiologia clínica, neuroradiologia e urologia, nas regiões Planície Litorânea: Parnaíba e Piripiri; Meio-Norte: Campo Maior e Teresina; Semiárido: Valença do Piauí, Picos e Oeiras; Cerrados: São Raimundo Nonato, Floriano, Uruçuí e Bom Jesus.

Dos 40 médicos empossados, 18 atuarão nos hospitais geridos pela Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh). "Alguns deles são hospitais regionais, dentre eles, o de Picos, Piripiri, São Raimundo Nonato e, em Teresina, o Getúlio Vargas, Hospital Infantil e Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela. Com a posse, os trabalhos serão imediatamente iniciados, otimizando os serviços dos nossos hospitais", pontuou a presidente da Fepiserh, Natália Monteiro.

Por Fábio Wellington

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