Piauí terá 16 dias de combate a violência contra a mulher
Os dados relacionados a violência contra a mulher no Piauí são alarmantes. Somente este ano, sete mulheres foram vítimas de feminicídio somente na Capital e 18 casos em todo o Estado. Para discutir o tema, ações de Segurança Pública serão levadas para o interior no sentido de capacitar policiais civis, militares e bombeiros na investigação e tratamento da preservação do local de crime na perspectiva de gênero.
A campanha “Não deixar ninguém para trás – acabar com a violência contra mulheres e meninas” tem como objetivo promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Em 16 dias, a caravana "Salve Maria" percorrerá as cidades de Campo Maior, Altos, Piripiri, Pedro II, União, Parnaíba e Esperantina.
"As atividades consistem em capacitar os profissionais da segurança pública e a rede de atendimento na prevenção e investigação de crimes contra mulheres na perspectiva de gênero. Policiais civis e militares serão capacitados para operar e monitorar o App Salve Maria e difundir o aplicativo para a comunidade", explica a delegada Eugênia Villa, diretora de Gestão Interna da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.
O período escolhido para a a campanha é bastante simbólico, uma vez que 25 de novembro, é declarado como o dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, e 10 de dezembro, dia Internacional dos Direitos Humanos.
A Campanha
Em 1991, mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres -Center for Women’s Global Leadership - CWGL, iniciaram a Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Desde sua primeira edição, mais 160 países aderiram a iniciativa. No Brasil, a Campanha acontece desde 2003 e, para destacar a discriminação vivida pelas mulheres negras, as atividades começam em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Fonte: Graciane Sousa / Cidade Verde
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