A comunidade quilombola Macacos, localizada no município de São Miguel do Tapuio, a 255km de Teresina, se encontra envolvida em um dos maiores conflitos agrários da região atualmente. Segundo o Defensor Público Federal Benoni Ferreira Moreira, a comunidade vem sofrendo invasões territoriais que, além de retirar a terra da comunidade, trazem como consequência o corte ilegal de madeira nativa da região.

A denúncia oficial foi encaminhada à Superintendência da Policia Federal do Piauí, à Delegacia Geral de Polícia Civil, Secretária de Segurança Pública do Estado, Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado do Piauí, Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual/Promotoria de Justiça da Comarca de São Miguel do Tapuio no último sábado (30/04) alertando as autoridades sobre um conflito agrário de proporções grandiosas.

Segundo o denunciante, membros da comunidade estão sendo ameaçados por tentarem impedir a invasão e retirada dos recursos naturais da localidade, porém, uma grande quantidade de madeira continua sendo retirada da comunidade sem a devida autorização dos quilombolas e da justiça.

Para piorar a situação, os membros da comunidade que se prontificaram a realizar a denúncia foram pegos de surpresa ao serem informados pelo INCRA/PI que a denúncia poderia ser revertida aos próprios quilombolas, além da greve dos policiais.

Até lá, membros da comunidade continuam em vigília no objetivo de coibir a retirada ilegal da madeira e a invasão do terreno, sendo amparados judicialmente e contando com a tenacidade do Defensor Público Benoni Ferreira Moreira.

Por Rafael Melo

Com informações do portal Piauí Hoje