O prefeito de Boqueirão do Piauí Valdemir Alves da Silva “Solteiro” (PT) terá suas contas referentes ao ano de 2015 julgadas nessa quarta-feira (17/06) pelo Tribunal de Contas do Estado. Entre as inúmeras irregularidades apontadas no relatório do Ministério Público de Contas, está o pagamento a uma empresa de venda de peças automotivas para lavar caixas d’águas.
Segundo o relatório, existe ausência de Licitação para a contratação dos serviços e difereça entre os valores contratados e pagos. Neste contrato, segundo o TCE-PI, o valor seria de R$ 13.980,00, mas o município pagou, em 2015, o valor de R$ 153.780,00 para empresa sediada na cidade de Campo Maior.
O Em Foco consultou balancetes dos anos seguintes e encontrou pagamentos para a mesma empresa também no ano de 2016. Foram pagos mais R$ 55.920,00 de janeiro a abril daquele ano, em parcelas mensais de R$ 13.980,00.
O serviço sempre o mesmo: manutenção e higienização das caixas d’água, poços tubulares e bombas do sistema de abastecimento de águas quase sempre nas mesmas localidades.
A empresa tem como atividade principal o comércio varejista de peças e acessórios novos para veículos automotores.
O Em Foco tentou ouvir o prefeito Solteiro para comentar as acusações do Ministério Público de Contas e responder alguns questionamentos da reportagem. Como que um serviço tão essencial, como o tratamento de água para o consumo humano foi feito por apenas 4 meses [no caso do ano de 2016] e foi interrompido? Foi contrato outra empresa? Como um contrato tão baixo, assinado em 2015, ficou tão caro? Tem um cronograma de trabalho de quando foi feito a lavagem das caixas d'água? Os funcionários das supostas lavagem tinham que tipo de relação trabalhista com empresa? Mas as ligações não foram atendidas.
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