O Piauí de Riquezas deste sábado (24) teve um encontro com um dos maiores orgulhos do nosso estado: a carnaúba. A palmeira encontrada em todo o território do estado e até mesmo no brasão oficial do Estado do Piauí.
Da carnaúba, tudo se aproveita. A palha é utilizada como fibra, e com o pó retirado da cobertura térmica das plantas, são produzidos óleos medicinais e vernizes. O caule esconde uma cera utilizada na indústria farmacêutica e de cosméticos. Os frutos, que se formam em cachos, são comestíveis.
Segundo o empresário Catarino Barbosa, dono de uma indústria de beneficiamento da carnaúba, comenta que o conjunto de produtos retirados da palmeira são a segunda maior pauta de exportação do estado.
“Os três maiores compradores, hoje, são Estados Unidos e China, as potências mundiais, e a Alemanha. 90% da produção é destinada ao mercado externo”, comentou.
Em 2017, em uma votação pública, a carnaúba foi eleita a árvore símbolo do Piauí, por conta de sua importância e presença na paisagem do estado.
A palha que virou renda
Em Jaicós, na comunidade Várzea Queimada, a palha da carnaúba mudou o destino de dezenas de mulheres. Elas organizaram uma cooperativa para trabalhar a produção de produtos feitos da palha da carnaúba. Os produtos são variados: luminárias, tapetes, fruteiras, bancos, cestos.
“A ideia surgiu a partir do momento em se viu na trança tradicional, que é a trama feita da fibra da palha da carnaúba, oportunidade de estar gerando renda pra as mulheres da comunidade”, disse a artesã Marcilene Barbosa.
Árvore que virou livro
A importância da árvore para o estado é tamanha que inspirou o jornalista piauiense Zózimo Tavares a produzir o livro “Carnaúba: Uma riqueza do Piauí”. Além de um tratado sobre as potencialidades da planta, o livro é ainda uma homenagem ao estado.
“A semente desse livro eu plantei quando lancei em 2000 um livro chamado Piauí no século 20, e lá tem um capítulo especificamente sobre a carnaúba. Quando foi agora em 2018 eu retomei a pesquisa para fazer um livro exclusivamente sobre a carnaúba”, contou Zózimo.
O livro foi escrito em português e inglês. Além do texto do jornalista Zózimo Tavares, o livro traz fotografias de Aureliano Muller, Luciano Klaus, Juscelino Reis e Valdeci Ribeiro.
Da Redação
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.