É sabido do público que o Monumento aos Heróis do Jenipapo sofreu uma interdição por parte do governo do Estado no último dia 10 de dezembro. Na ocasião o governador Wellington Dias decretou estado de emergência sobre o memorial, o que permite ao governo contratar serviços em regime de urgência, sem licitação, para realizar os reparos necessários na estrutura. 

“Evidenciando risco de desabamento e outras consequências desta natureza que podem causar transtornos às pessoas que ali frequentam e dano ao patrimônio público irreversível”, é o que afirma um trecho do decreto. Diante disso, não há dúvidas que a situação do Monumento do Jenipapo é grave, o que dificulta a realização das festividades alusivas à Batalha do Jenipapo, que ocorrem todos os anos no dia 13 de março. 

O Em Foco conversou com o coordenador, Antônio Miranda, e o mesmo informou que as obras tiveram início ainda no dia 26 de dezembro. Uma construtora se apresentou e fez toda a vistoria no local e começou a trocar parte da estrutura de concreto e reforçar outros pontos identificados como fragilizados pelo tempo, já que o Monumento foi inaugurado na década de 70, ou seja, a cerca de 50 anos. 

Miranda lamentou que as obras caminham com uma certa lentidão, embora a previsão é de que a conclusão seja feita a tempo para o 13 de Março. 

Com o aumento considerável dos casos de coronavírus no Piauí e em Campo Maior, a dúvida em relação a realização das festividades fica ainda mais forte.

Em 2022 a independência do Brasil chega aos seus 200 anos e a Batalha do Jenipapo é considerada a mais sangrenta de todas em nome da libertação do país do domínio português. Portanto a data de 13 de março é emblemática não somente para os campomaiorenses mas também para todos os piauienses, embora o feriado não seja reconhecido a nível nacional. 

Muitos setores da sociedade campomaiorense têm se mobilizado por esse reconhecimento.