Por ser uma cidade histórica Campo Maior tem muitas construções antigas no centro que correm risco de desabar por conta da falta de manutenção e das fortes chuvas. Algumas até já foram isoladas pela Defesa Civil, outras continuam acessíveis e sujeitas a ocupação irregular, representando risco real para as pessoas.
Na Rua Cel. Pergentino Lobão, em frente ao Centro Covid, há uma antiga casa abandonada há muitos anos. Até as portas foram retiradas. Só nessa rua, há pelo menos três casas sem moradores e sem manutenção alguma.
Nossa reportagem encontrou uma casa cuja parede da frente desabou há vários dias. Esta fica na Rua "Bandolim", por trás da quadra de esportes conhecida como "Zabelão". Segundo os moradores, a proprietária faleceu há dois anos e a casa ficou sem manutenção.
Na Rua Monsenhor Fernando Lopes, também no Centro, uma moradora acordou com o barulho das paredes da cozinha vindo abaixo na madrugada desta terça-feira (19). Felizmente ninguém se feriu, mas a moradora precisou mudar de endereço cedo da manhã e a Defesa Civil interditou o local. A moradora da casa ao lado contou ao Em Foco que teme pela sua residência, cuja parede é bem próxima da casa que foi interditada.
Na Rua Santo Antonio com a Minas Gerais, aos fundos da Igreja do Rosário, fica a Casa de São Francisco. Casarão antigo onde muitos anos funcionou uma creche e uma oficina de artes. A instituição de caridade fundada por dona Irene Rosa ainda funciona, porém de forma precária. A estrutura da casa inspira cuidados e seus moradores, uma filha e um neto de dona Irene, demonstram preocupação quanto a isso.
Basta dar uma volta pelo centro histórico e nos deparamos com muitos desses casarões. Alguns com as portas lacradas por tijolos, outras cujas velhas portas de madeira estão a ponto de se desmanchar e outros onde apenas a fachada permanece de pé.
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Walton Carvalho
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