Facebook
  RSS
  Whatsapp

  16:21

Golpe do falso PIX: Jovens deixam mais de mil Reais de prejuízo em loja

 Imagem: Reprodução

Uma loja de conveniência da Zona Leste de Teresina teve um prejuízo avaliado em mais de R$ 1 mil depois que jovens aplicaram um já conhecido golpe da falsa transferência, ou falso Pix. A proprietária da loja de conveniência não quis falar com o g1.

Segundo a funcionária do local, Fábia Sousa, em três dias diferentes, os suspeitos conseguiram realizar compras de whiskys, energéticos e gelo no estabelecimento. Na última tentativa, no domingo (11), a compra não foi finalizada porque a vendedora começou a desconfiar dos jovens. 

Ela disse que os jovens atuavam em conjunto, mas faziam as compras separadas, em dias e horários diferentes para que os funcionários não desconfiassem da ação.

Ao todo, foram pelo menos quatro homens ao local em três dias diferentes, e conseguiram realizar três compras. Imagens das câmeras de segurança do local mostram o momento em que dois suspeitos entram na loja e escolhem os produtos (veja o vídeo no início desta reportagem). 

"A gente faz o Pix por QRcode, com o valor certinho. Mas o criminoso alegou que não tinha como porque quem iria fazer o Pix não era ele, era outra pessoa. Então ele procurou os whiskys mais caros na loja, energéticos e gelo. Quando fazem o Pix nós tiramos fotos e enviamos para os nosso patrões", contou a funcionária.

Ela disse que os atendentes já tinham um jeito de evitar esse tipo de golpe, mas os criminosos usaram táticas para conseguir distrair e levar os produtos sem concluir o Pix. 

"Geralmente, esperamos nosso patrões confirmar, mas as compras aconteciam sempre à noite, quando o movimento tá alto e eles também estão na correria. Aí da quarta vez que isso aconteceu, a gente descobriu o golpe porque o valor da compra era muito alto e esperamos nossa chefe confirmar, mas o bandido estava apressado e quando viu que ia ser descoberto, saiu da loja", afirmou Fabia.

A ação dos bandidos era bastante simples: eles simulavam uma transferência por Pix, mas não finalizavam. O "comprovante" que os criminosos mostravam para os funcionários era apenas a etapa da confirmação de dados (veja a imagem acima). 

Como evitar o golpe

O delegado titular da Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI) explicou como evitar cair nesse tipo de golpe. Segundo ele, o golpe do falso comprovante de pagamento é praticado há muitos anos no Brasil. 

"Isso pode acontecer com pessoas físicas que fazem vendas de negociação direta como OLX, Mercado Livre e também com comerciantes que aceitam transferência bancária como pagamento, seja TED [Transferência Eletrônica Disponível], DOC [Documento de Crédito] ou Pix", afirmou o delgado. 

Para se prevenir, o Polícia Civil destacou que a maneira confiável é a mais óbvia: confirmando se o valor realmente caiu na conta de destino do pagamento antes de fazer a entrega do produto ou serviço.

"Se a gente está falando de uma empresa, onde tem funcionários no caixa que vão fazer esse controle, você tem outra estratégia como fazer a venda no cartão de crédito, de débito ou gerar um código único para pagamento por Pix em que você recebe a confirmação desse pagamento", aconselhou ele. 

Mecanismo Especial de Devolução 

Além da estratégia já mencionada, o delegado explicou que existe uma ferramenta criada pelo Banco Central do brasil (Bacen) para minimizar danos em casos de fraude ou erro operacional que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED). 

De acordo com o Bacen, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente ao seu banco ou instituição financeira pelo canal de atendimento oficial, como Serviço de Atendimento ao Cliente(SAC) ou Ouvidoria. Segundo o delegado, no ambiente Pix nos aplicativos dos bancos, há um link direto para o canal a ser utilizado para registrar a reclamação. 

"Acontece que, na transferência por meio do Pix o valor cai instantaneamente na conta de destino. E muitas vezes o criminoso já está logado na conta e levanta rapidamente esse valor, tornando incapaz o bloqueio cautelar ou MED", finalizou Anchieta. 

Fonte: G1 Piauí

Walton Carvalho

Mais de Economia