A heroica Batalha do Jenipapo, marco da história da independência do Brasil ocorrida em Campo Maior em 13 de março de 1823, foi abordada em uma reportagem especial do Fantástico da Rede Globo, na noite deste domingo (28).

Com a proximidade do 7 de Setembro, data na qual a Independência completa seus 200 anos, o programa, que é um dos mais importantes da emissora carioca, lançou há algumas semanas uma série de reportagens intitulada: 1822 – Uma conquista dos brasileiros.

A intensão é revelar aspectos ainda obscuros da história do país e desmistificar fatos que nos foram repassados de forma maquiada para dar um ar mais nobre a história. 

Um dos aspectos que a matéria aborda é exatamente a falsa ideia de que a independência foi conseguida de forma pacífica, até pelos laços familiares entre o príncipe regente do Brasil e a coroa portuguesa. A matéria mostra que não foi bem assim na verdade.

Houveram conflitos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Cachoeira na Bahia, Piripiri, Oeiras, Campo Maior no Piauí e ainda em outras cidades. 

Em trecho gravado na área do Monumento aos Heróis do jenipapo, a repórter Mônica Sanches destaca exatamente os chamados heróis anônimos que deram ali as suas vidas pela consolidação da independência e nunca tiveram o devido reconhecimento histórico, tendo sido sepultados como indigentes. “Heróis da Independência que merecem ser mais conhecidos”, disse a repórter. 

“Os portugueses estavam muito bem armados e tinham a disposição 11 canhões e o exército brasileiro tinha alguns poucos fuzis e algumas foices e facões. É uma história que precisa ser apresentada para que as pessoas tenham a noção da importância do Piauí na história do Brasil”, declarou Johny Santana de Araújo, professor de história da UFPI em participação na reportagem. 

A repórter ainda mencionou o saldo daquela batalha que foi de 20 mortos do lado português e 400 entre os brasileiros e o modo como o exército português teve parte de seu armamento e comida saqueados, fator que os impediu de avançar em seu empreendimento levando-os a serem definitivamente expulsos do país.

O professor de história da USPI, João Pimenta, destacou que as histórias das batalhas pela independência ainda são pouco conhecidas por conta de um tipo de pacto firmado entre os agentes envolvidos no processo que queriam passar a ideia de uma revolução pacífica e ordeira, o que não foi bem assim. 

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