O prefeito de Campo Maior, Joãozinho Félix (MDB), condicionou uma possível eleição do candidato à presidência da República, Lula (PT), ao não cumprimento de uma promessa de campanha sua de construir 2 mil casas populares em Campo Maior.

A declaração, em tom de chantagem ao eleitor, aconteceu durante uma entrevista a uma emissora de rádio da cidade, nesta terça-feira (05/10), a pedido do senador Ciro Nogueira, segundo o próprio João Félix. João Félix pediu voto para Bolsonaro, como forma de honrar a construção das tais 2 mil casas. 

Ao ser questionado sobre o resultado das urnas em todos os candidatos que apoiou perderam a eleição, João disse que embora as decepções politicas existam, das pessoas não valorizarem o voto, vai buscar trabalhar muito, independente de não ter governo do estado, nem federal e que, infelizmente, não vai cumprir o que prometeu em campanha.

“Mas vou trabalhar muito. Ainda tenho o Ciro Nogueira como senador. Inclusive me ligou e pediu pra vir à rádio, encabeçar essa chapa hoje [de Bolsonaro]. E eu disse a ele que sim. Já chamei parte dos nossos vereadores, nosso secretariado [...]. Já está todo mundo em busca do voto para Bolsonaro” disse.

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A fala de João Félix alegando que caso o Lula vença a eleição presidencial não irá cumprir a promessa de campanha dele de construir 2 mil casas populares em Campo Maior não se sustenta.

Antes desse mandato, que iniciou em 2021 e termina em 2024, João Félix foi prefeito da cidade de 2005 a 2010, quando foi afastando do cargo pela justiça eleitoral acusado de ser “prefeito itinerante”. Nos 6 anos de gestão, João Félix também não era aliado do governo federal, comandante justamente por Lula, nem era aliado do governo do estado, comandado por Wellington Dias. 

Mesmo assim, o próprio João Félix define sua primeira gestão, como uma das melhores da história de Campo Maior. Inclusive, segundo ele, construiu mais de 4 mil casas populares naquele período.