O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira (6) o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deputados federais e governadores reeleitos. No encontro, o candidato do PL à reeleição, disse que nos últimos anos falou "demais muitas vezes", ofendeu algumas pessoas "de forma não intencional" e pediu desculpas.
O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência da República em Brasília. Entre os governadores reeleitos presentes, estavam Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Gladson Cameli (PP), do Acre; e Antônio Denarium (PP), de Roraima. Os três apoiam a reeleição de Bolsonaro.
Ministros e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que discursou no evento, também participaram da reunião.
O pedido de desculpas de Bolsonaro se deu no momento em que o presidente falava sobre medidas tomadas durante a pandemia da Covid-19 e em meio à guerra da Ucrânia.
"Como todo o respeito ao Legislativo, quem decide na ponta da linha, sozinho, muitas vezes é o chefe do Executivo – é o prefeito, o governador, é o presidente. As decisões não são fáceis. E trago comigo um ensinamento militar: 'Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão'. Nós nunca nos omitimos, mesmo com o desgaste. Falei demais muitas vezes, reconheço, ofendi algumas pessoas de forma não intencional, me desculpem, mas é o calor de uma luta da vida contra a morte, no caso da pandemia", afirmou Bolsonaro.
O presidente disse que o Congresso eleito no último domingo será um Legislativo que "terá muito mais chance de aprovar coisas com mais facilidade e mais agilidade".
Na sequência, o presidente defendeu a aprovação de um projeto que regulamenta atividades econômicas, como agricultura e mineração, em terras indígenas.
Em tom eleitoral, Bolsonaro pediu empenho dos presentes no segundo turno da campanha presidencial.
"Temos uma guerra marcada, dia 30 [de outubro]. Temos que conversar com o pessoal de chão de fábrica, as pessoas mais humildes", afirmou.
Em outro momento, o presidente disse que "se for trocar o piloto agora, tem tudo para esse avião cair".
Auxílio Brasil
Bolsonaro disse também que conversou com Arthur Lira sobre a possibilidade de a Câmara votar uma proposta de taxação de dividendos – repasse de parte dos lucros das empresas a acionistas – para bancar manutenção, no próximo ano, do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 mensais.
Da Redação
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