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  02:46

Foto que viralizou como símbolo de discrimanação racial e classe em protestos contra Dilma é da própria família

Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não propinas)

 

A foto de um casal de pessoas brancas "ricas" nos protestos contra a presidente Dilma no Rio de Janeiro levantou uma enxurrada de críticas nas redes sociais e foi a imagem mais compartilhada do domingo de protestos pelo país. As críticas e suposições foram as mais variadas, inclusive de discriminação racial, de desigualdade entre o que seria um casal esnobando o fato de uma mulher negra empurrar um carrinho com bebês brancos.

 

O casal veste as cores da bandeira brasileira, puxa um "cachorrinho da mdame" e olha, com "desprezo" a babá, vestida de branco, que leva duas crianças no carrinho. A ator José de Abreu, de A Regra do Jogo, petista declarado, ironizou a cena é a desiguldade que a classe dominante espera.

 

O casal, na verdade, não esnobou as crianças que eram levadas por uma mulher negra. As crianças são seus filhos e a mulher é sua empregada. Claudio Pracownik é o vice-diretor de finanças do Clube de Regatas Flamengo e ele decidiu escrever um desabafo em sua página no Facebook no qual rebate as críticas. Ele aprov eitou a postagem para, também, criticar os petistas

 

Leia abaixo:

"Sí Pasarán!"
Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.

 

Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente

 

A babá da foto só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.

 

A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito.

 

Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.

 

Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século.

 

Triste só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.

 

Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.

 

O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles.

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

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