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  04:32

Polêmica das casas populares em Campo Maior (PI) vira audiência na Câmara de Vereadores

 Casas do Conjunto Renasce em Campo Maior. Foto de 2007. Arquivo EmFoco

O prefeito de Campo Maior, Joaozinho Félix prometeu em campanha a construção de 2 mil casas populares. No segundo turno da eleição presidencial, chegou a pedir voto para o candidato derrota Jair Bolsonaro e, durante uma entrevista, disse que o, então, presidente não se reelegesse, não poderia cumprir a promessas das casas.

No último dia 19 de junho foi lançado o que ele chama de programa Nossa Casa, onde promete construir 300 unidades habitacionais no conjunto Recreio, bairro São João, para as famílias que se encaixem nos pré-requisitos.

Porém, o projeto foi alvo de diversas críticas e controvérsias nas informações. A primeira polêmica foi a respeito da inexistência de licitações que comprovem quem são as empresas responsáveis pela construção do imóvel.

Depois, o próprio prefeito a fim de conquistar os eleitores, havia prometido as 2 mil casas, porém, nesta etapa, serão ofertadas apenas 300 casas iniciais.

O terceiro conflito de interesse e de informação é que as casas nãos serão dadas pela prefeitura, como se esperava, mas vendidas pela Caixa Economia Federal, algo como já acontece em Campo Maior, Altos e outras cidades, na “explosão” de empresas que constroem casas e vendem pela Caixa.

Outro detalhe é que essas casas terão dois tipos de base na renda mensal. Do tipo 1 pagará prestações de R$ 200 a R$ 300 reais e do tipo 2 pagará de R$ 400 a R$ 500 reais. Caracterizando, mais uma vez, que os imóveis serão financiados e não doados como prometido.

O prefeito ainda anunciou que a prefeitura irá doar terrenos para a construção das habitações, o que deveriam baixar o valor final do imóvel, porém, não existe nenhum projeto na Câmara de vereadores para regularizar a doação, tanto que a Câmara de vereadores vai realizar uma Audiência Pública para “obter esclarecimentos sobre o programa”.

A Audiência acontecerá nessa segunda-feira (26), na Câmara de vereadores, a partir das 9hs.

Entre os pontos que deverão ser esclarecidos na audiência, além da doação do terreno que, segundo a prefeitura será doado pela gestão, como serão escolhidas as construtoras, se será por edital e concorrência pública ou apadrinhamento político, e o sistema de água, isenção de ITBI, taxas de alvará, habite-se e ISS, que foi anunciado como incentivos pelo prefeito às construtoras selecionadas. 

CONFUSÃO NO CADASTRO

O cadastro também foi alvo de confusão pelos populares. Dividido por bairro, o cadastramento iniciou na segunda-feira (19) com diversas reclamações por parte dos interessados.

Denúncia, como falta de organização, informações confusas e falta de transparência marcaram a fase inicial. Agora, cabe a Câmara Municipal de Campo Maior colocar as informações em ordem e fornecer transparência ao povo campomaiorense.

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