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  01:40

Pai que espancou filha de 8 anos até a morte no (RJ) diz que a agrediu como forma de "corrigi-la"

 Pai da menina e objeto utilizado no crime - Foto: Reprodução

Na noite dessa segunda-feira um crime bárbaro foi registrado onde um homem identificado como Ilias Olachegoun, de 30 anos, matou a filha de 8 anos Aoulath Alyssahda no bairro São Lourenço, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Natural do Benin, na África, o homem foi preso por homicídio qualificado por motivo fútil, praticado por meio de tortura, contra a própria filha,. Ilias deixou a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, no Rio, no início da tarde desta terça-feira (12)e será encaminhado para uma unidade prisional.

De acordo com as investigações, Aoulath Alyssahda teria pegado um objeto de um colega de classe e levado para casa. O pai da menina, Ilias Olachegoun, foi comunicado do ocorrido pela professora e, como forma de punição, Aoulath teria apanhado. Ilias disse que agrediu a filha para corrigi-la.

Segundo o advogado de defesa, o homem “não soube controlar a raiva”. O defensor ainda afirmou que o pai estava chorando muito ao ser detido e que ele se dizia “arrependido”. De acordo com um profissional do Samu, Ilias Olachegoun teria dito “bati um pouco” quando questionado pelo profissional de saúde sobre os ferimentos em Aoulath.

Durante a perícia no local do crime, um cinto, que teria sido usado nas agressões, foi aprenndido.

“Eu, particularmente, posso dizer que, em 10 anos, muitos deles trabalhando com homicídio, nunca tinha visto aquela intensidade de lesões”, afirma o Delegado titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), Willians Batista, sobre o caso.

Além de Ilias , quatro testemunhas foram ouvidas, entre elas dois médicos do Samu e a mãe da menina. De acordo com uma das testemunhas, as agressões teriam ocorrido como forma de corrigir o comportamento da criança, que, de acordo com uma professora, teria furtado algo na escola.

Aoulath Alyssahda - Foto: Reprodução 

Suspeita de tortura 

As investigações da DHNSG apontaram que a menina sofria tortura, já que as lesões encontradas no corpo da criança não ocorreram apenas na noite do crime. De acordo com a Polícia Civil, o exame do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que a menina apresentava inúmeras lesões nas costas, no tórax, nos braços e na face. Ainda segundo o delegado, a suspeita é de que uma lesão na coluna cervical tenha causado a morte.

“Após conversar hoje com o perito legista, a gente consegue afirmar que não foram ocorridas apenas no dia de ontem, tinham lesões que chamamos de idades diferentes, o que indica que ela já vinha sofrendo esse tipo de tortura. Esse é o nome, não é correção, não é lesão, não é exagero, é tortura mesmo o que vinha acontecendo”, afirmou o titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Willians Batista

 

 

 

Fonte: Metrópoles

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