Após uma polêmica durante o período carnavalesco, envolvendo um Conselheiro Tutelar em Castelo do Piauí, famílias atípicas realizaram um encontro no sábado (17) na Câmara de Vereadores do município para pedir mais respeito, compreensão e conhecimento sobre pessoas quem têm Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Duas Conselheiras participaram do encontro e o conselheiro Francisco Alberto, que gerou a polêmica ao enviar áudios para grupo de aplicativo zombando de quem tem TEA, também foi chamado para participar, mas não compareceu.
Em um vídeo feito pelo PortalWebTvCastelo, a mãe atípica Gilmara Lima representa as demais famílias que tem crianças e adolescentes com o Espectro Autista. Na fala, ela relatou que ao ver a notícia ficou com sentimento de dor e deixou claro que não é conivente com o tipo de falas vazadas nos áudios.
“E nós estamos voltando a causa e a notícia hoje aqui, principalmente aos autistas, porque foi tocado no nome dos autistas. Foi tocado no meu coração e no coração de muitas mães e de muitas famílias aqui.” Disse.
A Conselheira Tutelar Cassia Brandão também participou do encontro e falou sobre os respeitos com todas as famílias e pessoas com deficiências do município.
“Eu acho que todo mundo precisa sim de informação para se educar, para aprender a respeitar e para tratar todos iguais, principalmente nossas crianças.” Falou.
O CASO
O Conselheiro Tutelar da cidade de Castelo do Piauí, Francisco Alberto, enviou áudios a um grupo de um aplicativo zombando de pessoas que tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), após soltar foguetes no carnaval e ser pedido que parasse. O pedido foi no sentido de amenizar o sofrimento de pessoas e animais que tivessem por perto onde o Conselheiro Tutelar estaria comemorando as festas carnavalescas.
“Agora vocês pegam o cachorro de vocês e botam dentro do guarda roupa. Nasci e me criei soltando foguete e agora nessa geração é uma besteira com negócio de cachorro. Acho que no tempo que nasci também não tinha esse negócio de autista. Agora tem uma besteira com negócio de autista. Boa noite e o foguete vai torar até de manhã. Só se a polícia vir aqui. Agora tem que vim com a ordem judicial” disse o Conselheiro em áudios.
O Em Foco procurou o Conselheiro para comentar os áudios e a sua atitude. Ele não negou que os áudios fossem seus e se limitou a dizer que:
“Gostaria de pedir desculpas a todos do grupo, mas principalmente as pessoas que tem em seu convívio um autista, criança de colo ou algum animal, me perdoem pelo excesso, o álcool não é desculpa mas colaborou para as minhas infelizes palavras, isso não condiz com minha postura ou pensamento."
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