O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, confirmou o afastamento de quatro policiais militares envolvidos em processos criminais. Em entrevista ao GP1, na manhã desta sexta-feira (1º), ele afirmou que a Corregedoria está atuando para excluir “quadros nocivos que mancham a imagem da corporação”.

Foram afastados o coronel Ricardo Pires de Almeida, o sargento Avelar Reis Mota e os cabos Raimundo Jairo Torres Alves e Leonardo Geyson. O secretário explicou que o afastamento é uma medida inicial aplicada enquanto os policiais são investigados em procedimento administrativo disciplinar.

“Já foram afastados, mas existe uma legislação. Às vezes as pessoas não compreendem que qualquer demissão de servidor público estável concursado deve ser precedida de um processo administrativo disciplinar ou de um processo criminal, onde o contraditório e a ampla defesa são garantidos”, afirmou Chico Lucas.

Coronel suspeito de estupro 

O coronel Ricardo Pires é acusado de ter estuprado, ao menos, duas crianças. Ele foi preso nessa quinta-feira (31), após se apresentar no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar. O Ministério Público já investiga o caso.

Já o cabo Leonardo Geyson está sendo investigado após denúncias de golpes financeiros contra colegas de farda. O sargento e Mota e o cabo Jairo, por sua vez, foram alvos, recentemente, da Operação Jogo Sujo II, por divulgação de jogos de azar ilegais. Na ocasião, o cabo Jairo acabou sendo preso em flagrante, após a polícia encontrar um celular roubado em sua residência.

Furto de perfume

Além de ser alvo da Operação Jogo Sujo II, o sargento Mota também responde a um processo criminal por furto qualificado. Ele foi denunciado pelo Ministério Público no dia 16 de setembro, sob acusação de invadir uma residência na zona sul de Teresina e furtar um perfume Malbec, da marca O Boticário.

“O que estamos fazendo, tanto na Polícia Militar, quanto na Civil, é endurecer as responsabilizações de todas as condutas indevidas. Temos afastado, demitido e até prendido policiais que cometem atos ilícitos. Isso mostra, ao contrário do que parece, uma Corregedoria forte e uma atuação em prol da instituição, para tirar da instituição os quadros nocivos que mancham a imagem da corporação”, concluiu o secretário Chico Lucas.