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  15:03

DHPP vai pedir reconstituição do caso do PM que atirou em sargento no Piauí

 Raimundo Linhares e João de Deus - Foto: GP1

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) vai solicitar ao Instituto de Criminalística a reconstituição da ocorrência em que o sargento reformado João de Deus Teixeira dos Santos  foi baleado, durante discussão com o soldado Raimundo Linhares da Silva, da Polícia Militar do Maranhão.

A informação foi confirmada pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta, diretor do DHPP. “Conversei com o delegado Danúbio sobre a necessidade de haver uma reconstituição para, realmente, colocar tudo de acordo com as circunstâncias e a dinâmica do fato narrado. Estamos aguardando a melhora do sargento e, de toda maneira, a reconstituição, segundo o delegado presidente do inquérito, vai ser necessária”, disse Barêtta.

O inquérito policial que investiga o caso está sob responsabilidade do delegado Danúbio Dias. “O delegado presidente tem todas as prerrogativas para requisitar e para dirimir qualquer dúvida, o inquérito ainda não entrou na fase processual, portanto, o delegado de polícia é quem decide as melhores maneiras e técnicas para esclarecer o fato em si”, destacou o diretor do DHPP, delegado Barêtta.

Advogado alega legítima defesa

O soldado Raimundo Linhares se apresentou na sede do DHPP na manhã desta quinta-feira (7). Em entrevista à imprensa, seu advogado afirmou que ele agiu em legítima defesa, reagindo após o sargento ter atirado primeiro, em uma discussão por uma vaga de estacionamento. “Ele estava indo para o trabalho como taxista e diante do acidente que ocorreu tentou resolver, amigavelmente, mas o outro militar parece que estava alterado, tinha ingerido bebida alcoólica, sacou a arma e começou a disparar, e ele, para sua defesa, teve que também sacar sua arma e tentar conter aquela injusta agressão”, afirmou o advogado Rafael Machado.

Segundo a reportagem do GP1, para o soldado Linhares, não houve sequer uma discussão acalorada e o sargento da PM-PI resolveu atirar contra ele, primeiro. “Eu estava saindo para trabalhar, quando visualizei o meu carro batido, tinha deixado do outro lado da rua, por conta da minha garagem já estar com outro veículo, aí coloquei na frente da casa desse cidadão que eu não conhecia, não tinha conhecimento se ele era da polícia, ele chegou lá há pouco tempo. Eu indaguei porque ele tinha batido no meu carro e ele disse que bateu porque tinha colocado o carro na frente da casa dele. Estava na frente só da casa, não estava atrapalhando nem a entrada, nem a saída na residência dele”, explicou o soldado Linhares.

Troca de tiros

Raimundo Linhares explicou que o sargento João de Deus começou a atirar e ele apenas reagiu à ofensiva. “Ele disse: ‘eu bati porque eu quis’, e eu disse: ‘cidadão, pois se o senhor bateu porque quis, vou afastar o meu veículo, ver se teve algum dano no veículo, se tiver algum dano o senhor vai consertar’. Quando eu peguei na maçaneta do carro para poder entrar e afastar, ele levantou a camisa e pegou a arma, nisso eu afastei, para tentar me abrigar do outro lado do meu veículo, e quando escutei o primeiro disparo revidei a injusta agressão que estava sofrendo”, ressaltou o soldado Linhares.

Fonte: GP1

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