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  12:42

Mulher é morta com golpes de canivete no Piauí; ex-companheiro se entrega à polícia e tem prisão convertida para preventiva

 Foto: Isabela Leal/TV Clube

Uma mulher chamada Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, foi morta com golpes de canivete, na tarde deste sábado (5), no próprio apartamento em um condomínio no residencial Tancredo Neves, Zona Sudeste de Teresina. O ex-companheiro é o principal suspeito do crime e foi preso ao se entregar à polícia.

Segundo a delegada Camila Macedo, plantonista da Central de Flagrantes de Teresina, os dois se relacionaram por três anos e estavam separados há 15 dias. Ele dormiu no apartamento da vítima na noite de sexta-feira (4) e, neste sábado, viu algumas mensagens no celular dela.

"Eles tiveram uma discussão pela manhã, por conta de ciúmes, e foram trabalhar. Ele retornou à casa dela, por volta das 12h30, a pretexto de buscar alguns pertences, mas chegou com um canivete. A gente acredita em um crime premeditado", afirmou a delegada.

O corpo de Gisele foi encontrado pela perícia criminal com cerca de 20 perfurações no tórax, no pescoço e nas costas. A arma do crime, um canivete, estava embaixo de um sofá do apartamento.

A TV Clube apurou que o suspeito, após matar a vítima, ligou para um familiar, sargento da Polícia Militar do Piauí (PMPI), e confessou o crime.

Uma equipe do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM) chegou ao local, prendeu o homem e o levou à Central de Flagrantes de Teresina, onde ele prestou depoimento à delegada de plantão.

Os policiais militares isolaram a cena do crime e acionaram a perícia e o Instituto de Medicina Legal (IML), que recolheu o corpo da mulher.

A investigação do caso vai ser realizada pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Prisão preventiva

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) converteu, neste domingo (6), a prisão em flagrante de Pedro Rocha Pereira e Farias, de 23 anos, pelo assassinato da ex-mulher dele, Gisele Maria Pinheiro Pereira, de 33 anos, morta com golpes de canivete, em preventiva. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele.

O homem passou por audiência de custódia neste domingo (6) e o juiz Sandro Francisco Rodrigues, que presidiu a sessão, citou o relatório policial no qual Pedro teria confessado o crime.

O documento afirma ainda que a arma utilizada para a prática do fato estava debaixo do sofá da sala da casa da vítima. As informações foram base para homologação da prisão em flagrante.

Em seguida, o magistrado se baseou na confissão do homem para decretar a prisão preventiva.

"O próprio custodiado confirma ter praticado o fato contra a vítima, salientando ter praticado após olhar o celular da vítima", citou na decisão.

"Narrou ter ido ao trabalho chateado, após ter visto as mensagens e, por volta das 11h, mandou mensagem à vítima para marcarem um encontro no apartamento dela, alegando que precisava pegar um chinelo", continua.

"Que às 13h, a vítima abriu a porta para o declarante entrar. Antes de ir embora, foi até o quarto em que a vítima estava, tendo início uma briga. Durante a briga, sacou o canivete que estava no bolso e desferiu vários golpes na vítima", conclui o relato.

O juiz justificou a prisão preventiva como manutenção da ordem pública e devido à gravidade do crime, "o que evidencia a periculosidade do agente". "Foram desferidos diversos golpes de canivete na vítima, em torno de 10 golpes, resultando em choque hipovolêmico hemorrágico e trauma cervical", afirmou.

"As circunstâncias são notadamente graves, havendo indícios de que o agente preparou o fato para ter êxito no intento delituoso, marcando novo encontro com a vítima, na parte da tarde, após ter tomado conhecimento anterior de fato que lhe desagradou sobre a vida da vítima", continuou

"Salienta-se, conforme relatos do próprio agente, foi a esse encontro portando arma, sendo indicativo de que já havia planejado a vingança, executando-a com extrema violência, demonstrando a suposta intensidade do dolo de matar aplicando diversos golpes", concluiu.

O juiz afirmou ainda que o próprio suspeito declarou ter narrado a uma tia o crime, dizendo que a vítima lutou muito durante o ataque. "Nota-se, portanto, a existência de indicativos de que o agente não cessou o ato e não sossegou, até que a vítima não esboçasse mais reação", disse.

 

Fonte: G1

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