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  17:46

 Foto: Campo Maior em Foco

As investigações sobre a morte da jovem Alice Borges, encontrada sem vida no rio Surubim na cidade de Campo Maior, ganharam novos contornos com as revelações da delegada Emylle Kaynar Lopes Pires, titular da Delegacia de Proteção à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV), responsável pelo caso. Em entrevista ao Portal Campo Maior em Foco, a autoridade policial detalha os elementos que levaram à prisão temporária do principal suspeito: Darlan Sousa, namorado da vítima, que já havia sido denunciado por ela anteriormente por violência doméstica.

Segundo a delegada, o suspeito se apresentou voluntariamente à polícia para cumprir o mandado de prisão temporária, que tem duração de 30 dias e pode ser convertido em prisão preventiva.  Ela também acrescentou que a medida protetiva estava  vigente. 

Leia aqui- Suspeito de feminicídio de Alice Borges se entrega à polícia em Campo Maior

Emylle explica que a investigação começou a apontar para o envolvimento do namorado de Alice após uma série de evidências e relatos. A jovem já havia registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal contra ele e, segundo o laudo, apresentava sinais claros de agressão. Além disso, um dos relatos mais alarmantes é de que o próprio suspeito já teria tentado afogar Alice anteriormente. “O que levou a gente a suspeitar dele é o histórico de violência doméstica que ela sofria e que durante esse mês ela registrou o boletim de ocorrência contra ele pela prática de lesão corporal. Temos o laudo de lesão corporal dela. Ela também relatou que uma vez ele já havia tentado afogá-la num rio, possivelmente no mesmo rio”, revelou.

A delegada também destacou o comportamento considerado suspeito do rapaz logo após o desaparecimento de Alice. Quando Cláudia, amiga da vítima e testemunha chave no caso, chegou ao local, encontrou o namorado de Alice nervoso e relutante em acionar a polícia. “O comportamento dele após o ocorrido foi muito suspeito, porque a amiga dela chegou ao local, ao rio lá, perguntou onde ela estava, e ele, muito nervoso, disse que ela saiu correndo e se jogou no rio. E aí ela, ‘não, pois vamos chamar a polícia’. E ele disse, ‘não, não, não’. Não aceitou de jeito nenhum que chamasse a polícia e tomou o celular da Alice, da mão da amiga, e levou para casa”, contou.

Outro ponto considerado relevante para a investigação foi uma frase dita pelo suspeito logo após o episódio, quando ligou para o pai pedindo para ser buscado. “A testemunha relata que Darlan ligou nesse momento para o pai dele ir buscá-lo. O pai dele foi buscar e ela ouviu ele dizer, ‘pai, o que vai ser da minha vida agora?’ Então tudo isso leva a gente a suspeitar, mas a certeza mesmo, só iremos saber quando sair o laudo pericial”, pontuou a Delegada.

O laudo do exame cadavérico será crucial para confirmar a causa da morte e determinar se houve de fato feminicídio, como apontam os indícios reunidos pela investigação.

A Polícia Civil segue apurando o caso com prioridade, e a prisão do suspeito foi considerada um passo fundamental para garantir que os próximos passos da apuração ocorram sem interferência.

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