Ratinho Junior é o novo governador do Paraná, agora com 87% dos votos apurados no estado. O candidato do PSD superou os outros nove concorrentes e encerrou a eleição neste domingo (7) já no primeiro turno. Ratinho administrará o estado a partir de 1º de janeiro de 2019 e o mandato seguirá até 31 de dezembro de 2022.
Eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002, aos 21 anos, Ratinho já dizia na época que um dia seria governador do Paraná. Na sequência, foi deputado federal por três mandatos seguidos. Em 2012, no passo mais ousado da carreira até então, tentou se eleger prefeito da capital. Mas a vantagem no primeiro turno sucumbiu ao esteorótipo de interiorano – ele nasceu em Jandaia do Sul, no Noroeste do Paraná –, e os curitibanos elegeram Gustavo Fruet (PDT) com mais de 60% dos votos válidos.
A estratégia, então, teve de ser repensada. Ratinho conseguiu, em 2013, espaço como secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano na gestão Beto Richa (PSDB). Chefiando a principal pasta na distribuição de máquinas e recursos aos 399 municípios do estado, ele iniciou uma paulatina aproximação com prefeitos, vereadores e lideranças de todo o Paraná. No ano seguinte, elegeu-se como o deputado estadual mais votado da história, com 300 mil votos, para logo retornar à pasta do Desenvolvimento Urbano.
Em setembro de 2017, reassumiu o mandato na Assembleia Legislativa e passou a construir a candidatura ao governo longe da sombra de Beto Richa, que já carregava um pesado desgaste com a população. Até as convenções partidárias, em julho deste ano, arregimentou partidos médios e pequenos, num total de nove. Trabalhou nos bastidores e, com a ajuda do senador Alvaro Dias (Podemos), tirou do páreo o principal adversário, o ex-senador Osmar Dias (PDT), que desistiu da disputa diante da traição do irmão.
Apesar de negar, tentou o quanto pôde ter Richa na chapa e, consequentemente, toda a gama de partidos e estrutura que viria junto com o tucano. No entanto, mais por sorte que por juízo, o ex-governador se lançou candidato ao Senado no grupo de Cida Borghetti. Tempos depois, ele seria preso na Operação Rádio Patrulha e afundaria a si próprio e levaria junto a governadora.
Nesse cenário praticamente sem oponentes, Ratinho ainda se beneficiou da concentração dos eleitores sobre a eleição nacional. Numa campanha quase sem percalços, elegeu-se governador do Paraná pelos próximos quatro anos.
Da Redação
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