A possibilidade de colocar objetos eletrônicos na órbita terrestre possibilitou a conexão do mundo de uma maneira nunca antes já feita na história. A humanidade já enviou milhares de satélites na órbita terrestre com finalidades que incluem comunicação, observação e estudos em gerais do nosso planeta.
O projeto Starlink, da SpaceX planeja enviar até 12 mil pequenos satélites para a órbita terrestre, visando conectar o planeta com uma rede global de internet via satélite. E agora, no 9º voo do foguete Falcon 9 em 2019, a empresa de Elon Musk lançou 60 novos Starlinks em órbita na última segunda-feira, 11/11.
Quando a rede estiver completamente montada, os satélites trabalharão de forma conjunta para levar internet a qualquer lugar do planeta – semelhante ao serviço de GPS, onde você obtém sua localização em qualquer lugar do globo. A ideia é conectar muitas áreas rurais e remotas ao redor do mundo que geralmente ficam sem acesso, pois os satélites que oferecem cobertura estão muito longe ou podem ser muito caros e oferecerem taxas de conexão lentas.
Esses satélites, quando lançados, ficam orbitando em fila indiana e é um verdadeiro show visual quando passam sobre determinada região – apesar de alguns astrônomos estarem furiosos com isso, já que essas dezenas de satélites transitando por aí podem prejudicar a astronomia observacional. A cobertura metálica dos satélites são altamente reflexivas e quando passam a uma altitude de até 495 quilômetros, e favorável a reflexão da luz solar, eles podem brilhar intensamente e ao mesmo tempo, formando um trem de satélites passando no céu.
A órbita da segunda remessa de satélites está favorável para visualização na América do Sul nos próximos dias, apesar da baixa elevação que eles passarão. Para observar, você terá que contar com um pouco de sorte e paciência, já que conforme o serviço de rastreamento de satélites Heavens Above diz em seu site, “estamos aguardando o Space-Track catalogar todos eles. Nossa exibição inclui apenas posições estimadas dos objetos em órbitas publicadas pelos observadores amadores Marco Langbroek e Cees Bassa”.
Dessa forma, o que sabemos são órbita estimadas, logo, o horário da passagem também é estimado. A recomendação é você colocar sua localização no Heavens Above e, então, conferir o horário das passagens e o dia. Sabendo desses dados, o recomendável é começar observar minutos antes da hora estimada no Heavens, visto as discrepâncias com o dados de órbita dos Starlink.
Há ainda outra opção – se você não conseguir realizar as configurações acima -, que é o site do engenheiro gráfico James Darpinian. Exibindo um globo 3D da Terra, o mapa pede sua localização e dirá o horário estimado da passagem, e, da mesma forma que o Heavens Above, é recomendável olhar na direção indicada minutos antes para evitar os possíveis erros nos dados orbitais.
José Sérgio
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.