Quando se fala em museu em Campo Maior muita gente lembra do Zé Didor, mas há um outro museu na cidade, com um acervo riquíssimo que faz alusão, sobretudo, a história da capital dos carnaubais. Estamos falando do Museu Popular de Campo Maior, situado na Rua Mestre Antônio Neves, por trás do Colégio 13 de Março, no Bairro de Fátima, sob a curadoria do professor e historiador Assis Lima, muito conhecido na cidade e em toda a região.

O ponto de partida para a concepção do museu foi o lançamento do livro “Campo Maior em Recortes”, de autoria de Assis Lima, que demandou muita pesquisa sobre o tema e fez com que o projeto ganhasse notoriedade e recebesse o apoio de figuras notórias da cidade, como o ex-prefeito Raimundo Santana e Décio Bona, irmão do ex-prefeito Dácio Bona, “um membro da família Bona acostumado ao refino da poesia, ouvia ópera e tinha apego às boas práticas culturais (palavras de Assis Lima)”.

O carro chefe do Museu Popular diz respeito à digitalização de fotos antigas e recortes de jornais, arquivos conseguidos através de doações das tradicionais famílias campo-maiorenses. Segundo o professor, trata-se do maior acervo fotográfico de Campo Maior. Porém, com o tempo, o museu foi adquirindo peças como máquinas fotográficas, aparelhos de rádio e bicicletas. Sem dúvidas o museu se tornou uma importante fonte de pesquisas, com um grande acervo que remonta à história de Campo Maior e região e precisa ser melhor valorizado e reconhecido.

Toda a estrutura física e o acervo estão prontos para serem abertos ao público, porém o museu ainda não funciona como deveria por falta de recursos. Faz-se necessário um convênio com o município para as despesas de funcionamento, inclusive para a manutenção de salários de funcionários.

“O município poderia muito bem contribuir para que pudéssemos fazer o museu funcionar. Abrimos um diálogo com o município e estamos tentando esse convênio. Com a chegada dos Festejos de Santo Antônio estamos com a ‘Campanha Museu Popular Aberto’. A população pode contribuir com um PIX de qualquer valor para ajudar o museu e vamos mantê-lo aberto os 13 dias de festejo. E se tivermos recursos suficientes vamos mantê-lo aberto por mais tempo, mas isso vai depender de um convênio, de um apoio permanente”, destacou o professor Assis Lima.