O empresário campomaiorense Carneiro Neto que foi alvo da 'Operação Expansão' deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (02), veio a público esclarecer o ocorrido em nota divulgada nas redes sociais.
O empresário alega que foi vítima de grave equívoco judicial, após a Polícia Federal cumprir um mandado de busca e apreensão no condomínio de luxo situado em Teresina (PI).
"Foi com grande surpresa que sofremos no dia de hoje uma busca e apreensão, deferida em uma investigação de tráfico de drogas. O grave equívoco judicial cometido será, com absoluta certeza, verificado em curto espaço de tempo e restará comprovado que não temos nenhuma relação com os investigados", diz trecho da nota.
O campomaiorense ainda explica as possíveis motivações para o grave erro que culminou na apreensão de seus bens, como jóias e carros esportivos.
"Todo o equívoco nasceu de uma possível clonagem de uma aeronave de nossa propriedade, por pessoas envolvidas em tráfico de drogas, como também de alguma aeronave vendida para terceiros de forma lícita, através de empresa de corretagem. Uma pena que julgaram necessária a espetaculosa busca e apreensão, que, apesar de tudo, servirá para provar nossa absoluta isenção quanto aos fatos investigados", enfatiza o empresário.
Por fim, ele afirma que todo transtorno enfrentado com o mandado de busca e apreensão, servirá para comprovar que não possui nenhum envolvimento com a organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas.
"Temos convicção de que em pouco tempo teremos todos os fatos esclarecidos e nosso nome desvinculado dessa investigação, e as eventuais dúvidas que hoje possam existir, todas esclarecidas. Temos visto com tristeza especulações absurdas acerca do ocorrido, mas breve tudo não passará de uma triste lembrança de um erro judiciário, de deferir uma busca e apreensão quando outras medidas mais simples seriam suficientes para os esclarecimentos e informações que buscavam", finaliza a nota.
A OPERAÇÃO
Os mandados da 'Operação Expansão', foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de Rondônia e estão sendo cumpridos em Teresina, que tem como objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, utilizando pistas aeroportuárias, algumas clandestinas e outras regulares, localizadas em Rondônia.
No total, a operação deve dar cumprimento a 106 mandados, sendo 19 de prisão preventiva, 35 de busca e apreensão e 42 de sequestro de bens. Os mandados de sequestro se referem a 12 imóveis, 22 carros de luxo e 18 aeronaves.
Segundo a PF, as investigações começaram em 2020. Os agentes descobriram que integrantes da organização criminosa usavam pequenas aeronaves para colocar no Brasil a cocaína vinda da Bolívia, Peru e Colômbia.
Para ocultar o dinheiro vindo do tráfico, a organização criminosa também cometia o crime de lavagem de dinheiro. Durante as investigações foi feito levantamento patrimonial e identificados imóveis, veículos de luxo e aeronaves, no nome de laranjas.
Dependendo da participação, os indiciados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 44 anos de prisão em regime fechado.
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