Facebook
  RSS
  Whatsapp

  22:57

Prefeito João Félix revela que irmã de secretário trabalha em empresa alvo da Polícia Federal

 

O prefeito de Campo Maior João Félix de Andrade Filho demorou 9 (nove) dias para falar publicamente sobre a Operação Monopolium da Polícia Federal, que fez buscas e apreensões em casas de secretários municipais . A operação foi em 01 de fevereiro.

Joãozinho Félix esteve numa emissora da rádio da cidade na sexta-feira de carnaval, dia 09, e tentou nem falar sobre o assunto, focando no evento de carnaval que aconteceria horas mais tarde. Em quase duas horas de entrevista, João Félix falou pouco sobre o escândalo de corrupção investigado pela Polícia Federal.

Leia Mais:Prefeitura de Campo Maior divulga nota e admite contrato com empresa investigada pela PF

Delegado da PF diz que a suposta fraude na educação de Campo Maior (PI) era na compra de livrosDelegado da PF diz que a suposta fraude na educação de Campo Maior (PI) era na compra de livros

Esquema de desvio em Campo Maior (PI) pode ter agido também na Saúde e Assistência Social

Prefeitura de Campo Maior (PI) assinou quatro contratos com empresa investigada pela PF

Genro da secretária de educação de Campo Maior (PI), irmã e sobrinha, receberam depósitos de empresa; diz site

Mas confirmou que assinou um contrato com a empresa Max Digital Print LTDA no ano de 2022, desmentindo a sua própria assessoria de imprensa, que no calor da operação divulgou nota afirmando que os contratos se referiam às gestões passadas. Na verdade, o primeiro contrato é datado de 17 de maio de 2021.

Ainda tentando desvincular sua equipa acusada pela PF, João Félix trouxe uma informação nova que pode piorar ainda mais a situação dos envolvidos nas investigações da Polícia Federal. Segundo João Félix, uma irmã do, então, secretário de Finanças da prefeitura de Campo Maior, Adailton Oliveira de Moraes, trabalha na empresa. Isso deve ligar as investigações do favorecimento à empresa contratada, segundo a própria prefeitura, sem licitação, e os repasses de altos valores da empresa para a mulher.

Repasses suspeitos

As investigações mostraram, segundo matéria do Portal AZ, que Adailton Oliveira recebeu “volumosas transferências da empresa”. Além dele, a irmã de Adailton, de iniciais A. O. G, que seria funcionária da empresa, segundo João Félix, teria recebido R$ 1,5 milhões da empresa em dois anos.

Adailton é genro da secretária de Educação, Maria José Félix, irmã do prefeito, e foi exonerado do cargo após a operação. É na Educação onde a PF concentrou as investigações pela compra de livros superfaturados, chegando a 5000%, segundo a PF. Mas a prefeitura de Campo Maior também fechou mais dois contratos com a mesma empresa, na Assistência Social e na secretaria de Administração.

A matéria do AZ ainda cita o Secretário de Limpeza, Francisco Wilson, que em 2021, recebeu em sua conta pessoal, um depósito de R$ 25 mil, que, segundo as investigações, é “uma transação financeira muito suspeita”.

Reação de João Félix foi de acusar adversários e tentar abafar o caso

João Félix falou cerca de 5 minutos sobre as investigações da Polícia Federal, citou o secretário de finanças, já demitido naquele momento, mas não citou nenhuma outra providência para ajudar a esclarecer os fatos e passou a atacar adversários, fazendo acusações contra os ex-prefeitos Paulo Martins e Ribinha, e contra o ex-secretário de Educação Edvaldo Lima, desafiando-os a um embate de mostrar também desvios, praticamente assumindo o seu.

João Félix não citou o fato de outro secretário da sua gestão [Francisco Wilson] também ter recebido dinheiro direto da conta da empresa; o fato da secretaria de educação, sua irmã, também ser uma das pessoas que autoriza pagamentos; do preço dos livros superfaturados em 5000% e porque a empresa foi contratada sem licitação, justamente uma empresa onde a irmã de um de seus secretários é funcionária.

João disse que é um fato grave em nível de imprensa, de repercussão.

Mais de Campo Maior