Um homem de 32 anos, que trabalha como eletricista, foi preso em flagrante após ser denunciado pela esposa, de 26 anos, alegando ter sido agredida violentamente, na cidade de Novo Lino, interior de Alagoas. A vítima disse que ele tentou arrancar seus dedos dos pés com um alicate.

O agressor deve responder pelos crimes de lesão corporal dolosa e ameaça, enquadrada na Lei Maria da Penha. O crime aconteceu no domingo (18) e no dia seguinte, ele passou por audiência de custódia e foi solto pelo juiz plantonista.

Em depoimento à polícia, a mulher informou que foi espancada e ameaçada. Segundo ela, após uma discussão entre os dois por causa das filhas, o agressor usou um cabo de vassoura para dar golpes, chegando a quebrar a madeira. Ela conseguiu se livrar, mas ele pegou sua cabeça e bateu várias vezes na parede.

Em meio às agressões, a mulher disse que iria se separar. Foi quando o homem pegou um alicate e disse que iria arrancar todos os dedos dos pés da esposa. Ela foi socorrida por um vizinho que ouviu seus gritos. A mulher fugiu e procurou a polícia para denunciar os abusos violentos.

Em depoimento, o marido confirmou as agressões e disse que abriga começou por que a esposa lhe pediu dinheiro, o que foi negado por ele. Ele disse que depois da briga, eles conversaram, a mulher saiu e ele foi dormir. O homem foi preso em casa pela Polícia Militar, que o conduziu para o Centro Integrado Segurança Pública (Cisp) de Matriz de Camaragibe.

Com vários hematomas pelo corpo, a vítima precisou de atendimento médico e foi encaminhada em seguida para exames de corpo de delito.

LIBERDADE 

O agressor, que responderá em liberdade aos crimes de lesão corporal dolosa e ameaça, foi acompanhado por policiais civis do 107⁰ Distrito Policial de Novo Lino para retirar os seus pertences pessoais e de trabalho da residência do casal.

A liberdade concedida ao agressor gerou controvérsias, já que casos de violência doméstica têm sido cada vez mais frequentes e têm causado uma grande comoção social. A decisão da justiça alagoana de soltar o agressor despertou questionamentos sobre a eficácia das medidas de proteção às vítimas de violência doméstica.