O projeto de pesquisa “Quantificação de Carbono Orgânico Total em áreas Cultivadas no Cerrado Piauiense”, do campus da Universidade Estadual do Piauí – Uespi em Uruçuí, foi um dos aprovados no Edital UESPI-TECH, recebendo um aporte financeiro de 25 mil reais.
Os estudos buscam indicar soluções para resolver o problema ambiental causado pela exportação do carbono pelas colheitas em áreas agrícolas do Cerrado.
Dentre os objetivos específicos, a pesquisa vai avaliar a densidade do solo em diferentes profundidades, quantificar o teor de carbono orgânico do solo e determinar o estoque de carbono na serapilheira (uma camada que fica acima do solo e é formada por restos de folhas, galhos, frutos e demais partes vegetais e restos de animais). Logo, o estudo quer descobrir a massa acumulada das plantas em área cultivada no Cerrado piauiense.
O professor Francisco de Assis Pereira Leonardo, coordenador do projeto, explica que, para as análises, os pesquisadores têm feito coletas de solo para análise de matéria orgânica e de nutrientes, com foco na quantificação do carbono presente.
“Fomos para o campo coletar solo e coletar todo o material orgânico que está ali sobre sobre o solo. Posteriormente, elas são trazidas para o laboratório do IFPI. Através de uma fórmula matemática, a gente consegue encontrar a umidade desse solo e, após ele seco, a gente o escorre, passado em peneira de 2 milímetros e procede à análise de carbono”, explica.
O coordenador destaca ainda que o projeto de pesquisa também visa indicar soluções para resolver o problema ambiental causado pela exportação do carbono devido às colheitas exaustivas sem reposição ou manutenção desse carbono no ecossistema. “Nosso objetivo é mostrar como a preservação e o manejo sustentável das florestas e dos ecossistemas naturais, como o Cerrado piauiense, são fundamentais não apenas para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, mas também para a mitigação das mudanças climáticas e a promoção da sustentabilidade ambiental”, destaca.
Francisco Leonardo completa dizendo que o EDITAL UESPI-TECH deve fomentar as atividades do projeto e ajudar a comprar insumos para as pesquisas.
“A cada coleta que a gente faz, a gente precisa estar comprando mais sacos, comprando mais materiais de uso temporário para que a gente possa estar realizando as coletas. Os recursos vão ajudar a comprar mais material permanente como gps, peneiras, amostradores de solo, paquímetro e impressora”, pontua o docente, acrescentando que, com a pesquisa, é possível propor o melhor uso do solo com sustentabilidade, visando a conservação e o equilíbrio do ecossistema.
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