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Grande ‘paralisação lunar’ ilumina o céu neste fim de semana; ENTENDA

 Foto: LeonardoFernndezLzaro/ Getty Images

Os amantes de astronomia poderão acompanhar mais um evento no céu neste fim de semana: a partir desta sexta-feira, o primeiro lunistício desde 2006 poderá ser observado. Durante esse fenômeno, a Lua nasce e se põe nos pontos mais ao norte e ao sul no horizonte e atinge suas posições mais altas e baixas, em um ciclo que dura 18,6 anos.

Esse evento ocorre quando as inclinações da Lua e da Terra atingem seu máximo e, neste fim de semana, irá de encontro com o solstício de inverno no Hemisfério Sul e de verão no Norte. Assim, no dia 21, a Lua nascerá no ponto mais a nordeste do horizonte e irá se pôr na posição mais a noroeste, o que deve fazê-la permanecer no céu por mais tempo.

Entretanto, é importante saber que o fenômeno será visível somente no Hemisfério Norte, o que também variará de acordo com a localização e com as condições do céu no momento. Sendo assim, não será possível avistá-lo do Brasil. Um dos lugares mais apropriados para se assistir ao fenômeno será em Stonehenge, interior da Inglaterra.

Milhares de turistas são esperados no local para o solstício de verão e a sobreposição do lunistício, incluindo cientistas que investigam a ligação de Stonehenge com a grande paralisação lunar. Alguns pesquisadores estudam a hipótese de que as pessoas que construíram o monumento estivessem cientes da grande paralisação lunar e, por isso, a Lua se alinharia à estrutura de pedra quando o fenômeno ocorresse.

O ângulo em que a Lua é vista é modificado a partir da latitude de observação. Além disso, a paralisação lunar não é um evento de apenas uma noite e, portanto, poderá ser observado em outros dias até o ano que vem.

Por que o fenômeno acontece?

A trajetória da Lua apresenta uma inclinação diferente em relação ao resto do sistema solar, onde os planetas, planetas-anões e asteroides orbitam dentro de um plano chamado de eclíptica.

A Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a esse plano, o que garante à Lua uma inclinação de apenas 5,1 graus em relação à eclíptica.

Isso faz com que os pontos de nascer e se pôr do satélite possam variar em 57 graus ao longo do ano. Quando a inclinação de ambos os corpos celestes atinge o máximo, a grande paralisação lunar ocorre, e a Lua alcança seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte.
 

Fonte: O Globo

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