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  07:36

Broncopneumonia: entenda o que é doença que matou Silvio Santos

 Silvio Santos morreu em decorrência de uma broncopneumonia — Foto: Lourival Ribeiro/SBT

O apresentador Silvio Santos morreu aos 93 anos neste sábado (17) em São Paulo. Segundo o boletim médico do hospital Albert Einstein, ele morreu em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1).

Silvio chegou a ser internado em julho, quando foi diagnosticado com a doença e teve alta dias depois para a recuperação em casa. No início deste mês, no entanto, ele voltou a ser internado. O quadro evoluiu para uma broncopneumonia.

•A broncopneumonia é um tipo de pneumonia que causa inflamação nos alvéolos, estruturas dos nossos pulmões responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue. Já a pneumonia é causada por microorganismos (vírus, bactérias ou fungos) ou a inalação de substâncias que comprometam as estruturas pulmonares.

Em alguns casos, uma infecção causada por vírus e bactéria também pode ocorrer ao mesmo tempo.

Confira abaixo como é transmitida, os fatores de risco e os tratamentos de uma pneumonia:

Tipos de pneumonia

•Viral: causada por vírus. A gripe (vírus influenza) e o resfriado comum (rinovírus) são as causas mais comuns de pneumonia viral em adultos. A broncopneumonia de Silvio Santos foi, justamente, causada pelo vírus da influenza (H1N1) como informou o Albert Einstein. O vírus sincicial respiratório (VSR) é a causa mais comum de pneumonia viral em crianças pequenas. Muitos outros vírus podem causar pneumonia, incluindo SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19.

•Bacteriana: é causada por vários tipos de bactérias, mas, principalmente, pelo pneumococo.

•Fúngica: mais comum em pessoas com problemas crônicos de saúde ou sistema imunológico enfraquecido e em pessoas que inalaram grande quantidade de fungo. Os fungos que causam a doença podem ser encontrados no solo ou em fezes de pássaros, como pombos.

Já a broncopneumonia é um tipo de pneumonia que causa inflamação nos alvéolos, estruturas dos nossos pulmões responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue.

O médico José Pereira Rodrigues, pneumologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica, contudo, que tanto quadros de pneumonia no geral, como aqueles específicos de broncopneumonia são tratados da mesma forma, e não possuem grande diferenças em relação aos sintomas.

“O vírus mais comum que causa pneumonia é o influenza e começa a aumentar a sua circulação no Hemisfério Sul no início do outono ao inverno. Essa pneumonia, quando diagnosticada de forma precoce e tratada com medicação antiviral, tem uma evolução mais favorável que a bacteriana.” — Frederico Fernandes,  pneumologista

Transmissão

Segundo o Ministério da Saúde, a pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções ou, na época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura.

Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos microorganismos causadores da doença.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), a pneumonia pode afetar pessoas de todas as idades. No entanto, duas faixas etárias correm maior risco de desenvolver pneumonia e ter um quadro mais grave.

•Bebês e crianças de 2 anos ou menos correm maior risco porque seus sistemas imunológicos ainda estão se desenvolvendo. Esse risco é maior para bebês prematuros.

•Adultos mais velhos, com 65 anos ou mais, também têm maior risco porque os sistemas imunológicos geralmente enfraquecem à medida que as pessoas envelhecem. Os mais velhos também são mais propensos a ter outras condições de saúde crônicas (de longo prazo) que aumentam o risco de pneumonia. 

Ciclo de transmissão

Rodrigues diz que o período de transmissão da doença dura geralmente 7 dias, mas sobre o risco de contagio, a médica Margareth Dalcolmo explica que, à medida que o tratamento começa (entenda como funciona mais abaixo), esses ciclos de transmissão tendem a ser mais curtos.

"O período de contágio é menor, mas, evidentemente, um ambiente de avião [...] é um ambiente fechado, onde qualquer possibilidade de transmissão de doença viral de transmissão respiratório é muito maior", diz.

Fatores de risco

Em um cenário que considera TODOS os tipos de pneumonia, são fatores de risco:

•fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;

•álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;

•ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias;

•resfriados mal cuidados;

•mudanças bruscas de temperatura.

Principais sintomas da pneumonia

•falta de ar;

•cansaço;

•dor no tórax;

•febre alta;

•tosse.

Diagnóstico

Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico das pneumonias.

Tratamento

O tratamento depende do tipo de pneumonia. Se for bacteriana, o paciente irá tomar antibiótico. Já na viral, o tratamento inclui apenas medicamentos para aliviar sintomas, como febre e dor.

Se diagnosticada e tratada de forma adequada, dificilmente o paciente terá um agravamento do quadro. Se não tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, causando até a morte.

Fonte: G1

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