O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, admitiu que o uso de uma ambulância para levá-lo ao Hospital Sírio-Libanês após a cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) no último domingo tinha como objetivo “fazer uma cena”, e disse que poderia “ir correndo” para o hospital. A gravação foi revelada pelo portal Metrópoles.
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Em vídeo que circula no WhatsApp e que foi gravado durante um jantar com apoiadores de sua campanha, Marçal disse que “dava conta de segurar aquela cadeira” e de “agredir aquele cara”, referindo-se a Datena.
— Não precisava daquela ambulância lá. Eles queria (sic) fazer uma cena, esse povo aí. Dava pra ir correndo pro hospital, tranquilo. Dava, não era insuportável. Só que aqui tá o segredo: cadeirada é o de menos para o que a gente está sofrendo com esses caras. Eu tomo mais dez dessa por semana se for o caso, mas não arrego — afirmou.
As imagens de Pablo Marçal a bordo da ambulância, usando uma máscara de oxigênio enquanto o veículo disparava com a sirene ligada para o hospital foram compartilhadas no perfil do candidato no Instagram. Os exames realizados no Sírio-Libanês indicaram “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas”.
Marçal afirmou que a campanha eleitoral “não é período de proposta”, mas sim uma oportunidade de “mostrar quem as pessoas são”:
— Pra quem não é bobo aqui, sabe ler, eu dava conta de segurar aquela cadeira, dava conta de agredir aquele cara. Dava conta de tudo. Mas eu fiz questão de levar, para sentir mesmo, de verdade. Esse período não é período de proposta. Aprenda a jogar. Esse é um período de mostrar quem as pessoas são. Eu já mostrei a minha pior versão, agora vou mostrar a boa.
No debate realizado nesta sexta-feira pelo SBT, Marçal adotou postura diferente daquela que vinha apresentando em encontros anteriores com seus adversários, trocando a agressividade e ataques por um tom mais moderado. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Datafolha indica que a rejeição ao candidato do PRTB é a maior da corrida eleitoral paulistana, e que a taxa cresceu com mais intensidade entre as mulheres e os mais pobres após o episódio da agressão de Datena.
Fonte: O Globo
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