A Polícia Civil investiga como "constrangimento ilegal" e "tentativa de roubo" o caso do homem piauiense que há uma semana agarrou sete mulheres na Zona Leste de São Paulo. Alguns dos ataques foram gravados por câmeras de segurança e as imagens viralizaram nas redes sociais.
Solirano de Araujo Sousa, de 48 anos, foi reconhecido pelas vítimas como o homem que as atacou no dia 13 de setembro, sexta-feira retrasada, quando caminhavam sozinhas por ruas da Mooca e Sapopemba. Elas têm idades entre 11 anos e 34 anos.
Segundo relatos das mulheres, em alguns casos ele estava armado com uma faca e ameaçou feri-las se não entrassem no carro dele, um Fiat Uno cinza sem placas. Todas conseguiram escapar e fugir.
Algumas das vítimas disseram na delegacia que investiga o caso que o homem chegou a anunciar um assalto. Outras contaram que não falou nada e suspeitaram que ele pudesse violentá-las sexualmente.
Apesar disso, Ricardo Salvatori, delegado titular do 57º Distrito Policial (DP), Parque da Mooca, falou à reportagem que até o momento não há comprovação de que o objetivo do homem seria estuprar, abusar ou assediar sexualmente as mulheres.
"Não deu tempo de ele falar o que ele pretendia efetivamente. Então, o tratamento onde ele não falou nada, verificamos 'constrangimento ilegal'. E no que ele anunciou o assalto foi no [crime de] 'roubo'".
"A gente não trabalha com presunção. Então no momento certo, com a prisão dele, ele vai declarar a intenção dele", disse o delegado. "Se ele falar: 'não, eu tinha a intenção de um ato sexual, de um sequestro, de um sequestro-relâmpago com fins patrimoniais'... Ele vai se defender nesse sentido e a gente pode alinhar a investigação nesse sentido".
Além de "constrangimento ilegal" e "tentativa de roubo", a polícia poderá investigar Solirano por "adulteração de sinais identificatórios de veículo automotor" porque o homem estava dirigindo um carro sem placas.
Nesta quinta-feira (19) a Justiça decretou a prisão temporária dele a pedido da delegacia que investiga o caso e do Ministério Público (MP). Até a última atualização desta reportagem, Solirano continuava sendo procurado pelas polícias Civil, Militar e rodoviária.
Quem tiver informações sobre o seu paradeiro pode ligar para o Disque-Denúncia pelo telefone 181. Não é preciso se identificar. A foto e nome dele foram divulgados no perfil oficial da Polícia Civil no Instagram.
O Fiat Uno cinza usado por Solirano foi encontrado pela polícia nesta quarta-feira (18). O veículo estava com placas, abandonado numa comunidade da Zona Leste. Dentro dele foram achadas uma faca, uma chave de fenda, documentos e roupas. Todos os itens foram apreendidos e serão periciados.
Segundo a polícia, Solirano já foi condenado à prisão por um roubo em 2000. Ele havia recebido pena de 11 anos de prisão, mas deixou a cadeia em 2009.
Fonte: G1
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